Em tempo
de discussão ambiental, ouvi dizer de um especialista que a emissão
de mais ou menos CO2 não teria tanta influência direta com o nível de
poluição do planeta. Certas mudanças pelas quais o planeta passa já vem acontecendo há milhões de anos, antes do ser humano interagir com o ambiente. O planeta tem os seus próprios ciclos e nós estamos no meio, sem saber direito o que o futuro nos guarda.
Tendo
isso em mente, se pararmos para pensar no foco dos acordos para
diminuir a emissão de CO2, este acaba sendo um argumento usado pelas
nações desenvolvidas para continuarem no topo e impedirem que as
nações em ascensão cresçam. Assim, os países desenvolvidos
continuam com suas emissões só que em menor quantidade e os países
emergentes não podem nem considerar começar a emitir CO2.
A
discussão ambiental poderia ter outros focos e prezar pelo trabalho
de base feito corretamente, como a coleta de lixo reciclável; não
adianta os prédios fazerem a separação do lixo e quando o caminhão
vem buscar, juntar tudo na caçamba. Preocupar-se com o que fazemos
com o lixo é uma questão muito mais relevante para diminuir a poluição
do planeta.
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Nat foi
dar uma passeada pelo Rio+20, voltou pra casa com um montão de
papéis (reciclados!), uma flor de garrafa pet, um sapato feito com
material reciclável e a vontade de voltar antes que o evento
termine.
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IRINA
"Hoje,
quando despertei, tive bruscamente a impressão de que se tornava
claro para mim e que eu sabia enfim como se deve viver. Querido Ivan
Romanovitch, agora sei tudo. O homem deve trabalhar, trabalhar até a
última gota de seu suor...Cada homem, sem exceção. Está nisso o
objetivo e o sentido de sua existência, sua felicidade, sua alegria.
Ser um operário que se levanta de madrugada e vai quebrar pedras na
rua...Seu um pastor ou um professor que ensina o abc às
crianças...Ou um maquinista, com sua locomotiva, ou qualquer outra
coisa, ser não importa o quê...contanto que se trabalhe. Vale muito
mais, é muito mais importante ser um animal – um boi ou
simplesmente um cavalo – do que uma mulher que acorda ao meio-dia,
toma seu café na cama e depois gasta mais de duas horas, fazendo a
toalete. Ah! Que horrível é! Sinto uma vontade tão grande de
trabalhar...Uma dessas vontades só comparável à sede que sentimos
em dia de calor. E se, de agora em diante, eu não me levantar cedo
todas as manhãs, se eu não trabalhar, pode retirar-me sua amizade,
Ivan Romanovitch." (pág.12 e 13)
TCHEKHOV,
Anton. As Três Irmãs. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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