responsabilidade.
Débora viajou com a escola e, obviamente, teve que ficar responsável por todos os seus pertences, ela chegou a fazer algumas listas para não esquecer nada. Fiquei sabendo que ela foi escolhida para ficar com a chave do quarto entre as outras 3 meninas que dividiam o quarto com ela; fico imaginando como as outras meninas podem ser mais avoadas que a Débora.
O resultado foi positivo, ela trouxe lembranças para cada um de nós e não esqueceu nada por lá. Enquanto ela arrumava suas coisas, as outras meninas nem se mostravam inclinadas a tal. Acho que estamos no caminho certo com ela rs
Mas ela confessou que achou muito estressante ter que ficar atenta a tanta coisa.
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(...) Não podia acalentar-se dizendo: isso é apenas uma pausa, a vida depois virá como uma onda de sangue, lavando-me, umedecendo a madeira crestada. Não podia enganar-se porque sabia que também estava vivendo e que aqueles momentos eram o auge de alguma coisa difícil, de uma experiência dolorosa que ela devia agradecer: quase como sentir o tempo fora de si mesmo, abstraindo-se. (pág.34)
LISPECTOR, Clarice. Perto do Coração Selvagem. Ed. Nova Fronteira, 1980.
Débora viajou com a escola e, obviamente, teve que ficar responsável por todos os seus pertences, ela chegou a fazer algumas listas para não esquecer nada. Fiquei sabendo que ela foi escolhida para ficar com a chave do quarto entre as outras 3 meninas que dividiam o quarto com ela; fico imaginando como as outras meninas podem ser mais avoadas que a Débora.
O resultado foi positivo, ela trouxe lembranças para cada um de nós e não esqueceu nada por lá. Enquanto ela arrumava suas coisas, as outras meninas nem se mostravam inclinadas a tal. Acho que estamos no caminho certo com ela rs
Mas ela confessou que achou muito estressante ter que ficar atenta a tanta coisa.
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(...) Não podia acalentar-se dizendo: isso é apenas uma pausa, a vida depois virá como uma onda de sangue, lavando-me, umedecendo a madeira crestada. Não podia enganar-se porque sabia que também estava vivendo e que aqueles momentos eram o auge de alguma coisa difícil, de uma experiência dolorosa que ela devia agradecer: quase como sentir o tempo fora de si mesmo, abstraindo-se. (pág.34)
LISPECTOR, Clarice. Perto do Coração Selvagem. Ed. Nova Fronteira, 1980.
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