Em
terreno inexplorado, tateamos. Nunca nos cumprimentamos antes, nunca
pausamos a voz apenas para apreciar o rosto um do outro,
mudando...com a expectativa de nos tocarmos com as palavras, com os
olhos. As palavras são inúteis quando elas encobrem o que morre
dentro de nós. Fingimos que não somos importantes um para o outro,
levamos a vida nos evitando porque amor tão grande é tão difícil
de vivenciar. Seu rosto é luz, o que dificulta o reconhecimento.
Você, anônimo, personificado nos corpos que passam por mim, e nem
me notam. Eu noto vocês que são um. Eu noto e sinto, toda só.
Encontro no invisível respostas que desconheço, sinto a compreensão
sem o raciocínio. Sinto seu abraço sem corpo. Amo pensar em você,
apesar de desconversar quando você se faz presente. Onipresente. Em
terreno inexplorado, tateamos. E tentamos acertar mais do que errar.
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