Nós
temos a nossa vida dividida em blocos, em expectativas. Espero pela
viagem que virá, pelo carnaval, pela páscoa, pelo cinema, pelos
eventos que se encadeiam. Quando algo que se espera passa, ficamos,
assim, sem rumo, até outro marco se fazer presente. Tal marco pode
depender de eventos externos ou eventos que nós mesmos nos propomos,
como as metas.
Falo
disso por dois motivos...encontro-me entre projetos. Um marco meu
passou e já preparo-me para embarcar em nova linha de imersão.
Passei alguns dias perdida, um pouco triste, até enxergar o novo
ponto de trabalho. O segundo motivo que me leva a expressar tais
reflexões, é a coincidência. Minha irmã relatou sentir o mesmo,
um cansaço, uma preguiça, por ter tempo e nada a se prender, e
quando digo nada, quero dizer um propósito, pois a vida continua
acontecendo, mas o propósito, a motivação é que se faz escassa.
Encontrar
o novo ponto, pra quem não está acostumado a fazer isso de forma
pragmática pode ser um problema. É preciso buscar cada vez mais
nossa essência e nos devotar a ela. Não a vejo enxergando isso.
Aprendi sobre este ensinamento nos últimos quatro anos e, porque
insisti muito, o aprendizado se deu até rápido e constante, não
sei se o seu caminho será assim, desconfio que não.
Tenho
feito o que gosto, tenho me ocupado com o bem, mas algo falta.
Sinto-me a beira de um precipício, com a ponte ainda a construir,
sem ver direito aonde pretendo chegar. O conforto e a segurança que
eu sentia quando criança parece que nunca mais será.
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