Palestra
ocorrida em 7 de julho deste ano. Estou com as minhas anotações de
palestras defasadas e atrasadas, se me permitem a redundância rs. Vamos então retomar os pontos
levantados pelos palestrantes e refletir sobre os temas abordados.
Engraçado
que esse não é o tipo de filme que me anime a assistir...porém,
gostei de algumas questões psicológicas colocadas pelos
personagens, como a segurança dos indivíduos, a dúvida entre o
certo e o errado, o abandono da família em consequência do medo
(legítimo). Questões que muitas vezes me levam a questionar a mim
mesma sobre a minha reação diante de uma situação semelhante.
O
palestrante, Kenneth Camargo, trouxe como tema a ser discutido, a
distorção deliberada do conhecimento científico. Ele partiu da
premissa da ciência tida como uma atividade humana e gostaria que os
indivíduos fizessem uma abordagem crítica da ciência.
Se bem me
lembro, ele falou sobre a credibilidade, de como estudos são
forjados, ou desenvovidos de forma a provar um resultado pretendido.
Ele citou a influência do Edward Bernays e do Gustave Le Bon, assim
como, as estratégias de utilização da 3a. pessoa. Ele ainda
indicou o site www.sourcewatch.org
como ferramenta para acompanhar informações sobre corporações,
indústrias e pessoas que tentam influenciar a opinião pública.
O tema do
filme diz respeito ao cigarro e o conhecimento de dados sobre a
utilização de fórmulas químicas para aumentar a dependência e os
lucros da indústria. O Kenneth levantou, também, as questões sobre
a liberdade de escolha e a liberdade individual, que se discute sobre
quem fuma e quem não fuma e que acaba sendo prejudicado. Que tipo de
liberdade é essa?
Ele falou
ainda, sobre como suspeitar de um documento, de um discurso; devemos
estar atentos aos conflitos de interesses, a oposição entre massa e
a ciência (não existe controvérsia para os especialistas), a
indústria com interesse econômico claro. Ele colou também que
devemos encarar a ciência como o melhor conhecimento que se dispõe
no momento; todos já sofremos com as notícias de que tomate faz
bem, tomate faz mal e a mesma situação com o ovo, o chocolate, o
café entre outros.
O Kenneth
frisou a importância da farmaco vigilância, o acompanhamento dos
efeitos de remédios posteriormente, apontando para a proteção
contra novos medicamentos, “não ser o primeiro, nem o último a
usar” e a necessidade de incentivos do Governo quanto a isso e de
sua fiscalização sobre os laboratórios.
Levantou-se,
ainda, a questão sobre a medicalização ao extremo e o acesso
aberto a publicações. Por fim, ele indicou o site www.scielo.org,
uma portal de revistas sobre pesquisas.
Palestrante
Kenneth Camargo, pós-doutor pela McGill University,
Canadá, professor do Instituto de Medicina Social da UERJ
(IMS-UERJ), editor associado do American Journal of Public Health e
editor da revista Physis. Pesquisador do Grupo de Estudos sobre
Ciência e Medicina (UERJ-CNPq).
Para mais informações: www.cineclubecienciaemfoco.blogspot.com.br