terça-feira, 22 de março de 2011

Ontem, dia de poesia

ETERNA INCÓGNITA

Não sei quem sou nem sei por que motivo
Vim ao mundo e o que nele vim fazer.
Sei que penso e, portanto, sei que vivo,
Neste anseio instinto de viver.

Porque procedo do homem primitivo,
Há rugidos de fera no meu ser.
Bom e mau, triste e alegre, humilde e altivo,
Não me posso, a mim mesmo, compreender.

Pois se, de mim, não sei causa e destino,
Que dos outros, do mundo, saberei?
Que definir, se a mim não me defino?

E sigo, ao léu da vida, a ignota lei,
Descrevendo das verdade que imagino
E acreditando em tudo o que não sei.

TIGRE, Manoel Bastos. Antologia poética vol. 1. Ed. E. Alves, 1982.
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O bom poema
30/06/10
O bom poema
É aquele que não tem fim
Atinge o leitor em cheio,
Desdobrando os infinitos sentidos,
Inspirando a poesia naquele que lê.

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