domingo, 16 de agosto de 2009

“Só o amor incompleto pode ser romântico”

Vamos refletir sobre esta frase. Seria de autoria do Woody Allen? Bom, está no seu filme, “Vicky Cristina Barcelona”, e eu fiquei surpresa com a inspiração que se seguiu quando o filme terminou. Senti um ímpeto de escrever ideias que rumino há muito tempo, mas que sei que ainda não estão prontas para me deixar, e aí se segue inevitavelmente a frustração e a angústia. Parece que falta maturidade e vivência para articular e transformar em palavras.

Ele é venerado por muitos, não posso negar sua estética peculiar, uma assinatura inconfundível, no entanto, não beijo o chão que ele pisa. Ele tem umas sacadas boas, consegue enquadrar bem questões contemporâneas, assim como o amor abordado no filme, o equilíbrio alcançado pelo relacionamento a três e a busca incessante por algo que nem se sabe o que é. O filme dá uma análise boa.

Quanto à frase do título, eu diria que o romantismo é uma questão de sincronismo de sentimentos das partes envolvidas. Porque é disso que o filme trata também, os desencontros dos sentimentos. O amor completo é aquele que não traz mais surpresas, que entedia certas pessoas, como a Cristina. O imprevisível pode ser romântico, a rotina não. Assim acredito ter entendido ser o recado do diretor. Mas não para por aí, as interpretações são diversas.

3 comentários:

Márcio Bruno disse...

O romantismo acontece no momento das surpresas e quando o que se tem é o chamado amor, o simples fato de haver já um conhecimento quase total das partes envolvidas geralmente transforma essas surpresas em coisas raras, que provavelmente entediam a Cristina (Ainda não vi o filme para julgar). Porém, se ater somente às paixões parece ser como alguém em constante mudança de emprego...vc não cria laços firmes, somente experiências que começam e terminam antes de se desenvolverem a um nível que possa realmente deixar-nos, como será que posso dizer, mais "evoluidos" ou maduros como pessoas ou em relação aos sentimentos, no caso das emoções.
Para alguns (Sartre), as emoções são como fugas, e assim parece realmente ser...sendo assim, para muitos a fuga da paixão poderia ser o amor, enquanto para outros, poderia ser o término. A partir daí a escolha variaria de acordo com cada tipo de pessoa. Dificil julgar, mas a frase é mto interessante...
bjinhu sumida! rs

Cla452 disse...

Máááárcio! Bom te ver por aqui =) \o/

Márcio Bruno disse...

Sempre venho; nunca comento...rsrs

=)
mudarei meus hábitos a partir de agora...rs