de novos sentimentos, os velhos servem.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Na falta...
de novos sentimentos, os velhos servem.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
11:55
terça-feira, 24 de abril de 2012
Capítulo 30
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Heim?!
domingo, 22 de abril de 2012
Estado
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Cair para levantar
'O romance de ideias. O caráter de cada uma das personagens deve se achar, tanto quanto possível, indicado nas ideias das quais ela é porta-voz. Na medida em que as teorias são a racionalização de sentimentos, de instintos, de estados de alma, isto é praticável. O defeito capital do romance de ideias é que somos obrigados a por em cena pessoas que têm ideias a exprimir, o que exclui mais ou menos a totalidade da raça humana – à parte apenas 0,01 por cento. Aqui a razão pela qual os romancistas verdadeiros, os romancistas natos não escrevem tais livros. Mas, ora! Eu nunca pretendi ser um romancista nato.' (pág.337)
HUXLEY, Aldous. Contraponto. Ed. Globo S.A., 1975.
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Curioso como a arte da palavra me toca profundamente e pouco sinto ao ver a arte da dança.
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“Aprendemos com a doutrina espírita que a prece é defesa espiritual mais eficiente do que uma defumação supersticiosa de ervas odorantes.
Mas, que pode fazer um homem completamente obsidiado, que já perdeu o seu comando mental, caso lhe aconselhem oração? Alguém pode libertar-se do seu carma expiatório, só porque se entrega a orações? Não seria isso sancionar, só porque ele se arrepende dos seus crimes e morre saturado de rezas, ladainhas e recomendações religiosas? Não ensina o Espiritismo que o homem não se salva por sua crença, mas pelas suas obras?
Considerais que a oração é inócua em casos semelhantes?
Advertimos que a oração, em geral, é um pedido disfarçado entre os comodistas da vida humana, em vez de um repositório de forças vivas libertadoras. O filho que é grato pela existência feliz, sempre escolhe palavras dignas e generosas, quando quer demonstrar a sua gratidão aos progenitores, mas os filhos indiferentes e comodistas, só se recordam dos pais para pedir-lhes novos favores, embora já estejam excelentemente favorecidos pelos bens da vida!” (pág. 183)
RAMATÍS. Magia de Redenção. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1989.
domingo, 15 de abril de 2012
Problema da semana, Huxley.
- O caixa vagou, você vai ou não?!
Como se fosse a minha obrigação sair correndo, como se ele tivesse o direito de passar a minha frente por ele ser impaciente. Não consegui articular o dircurso, nem olhei para o dono da voz (um gigante por sinal), meu corpo simplesmente moveu-se lentamente pelo curto caminho. Cheguei ao caixa e esperei pacientemente, sorri meio sem vida.
Ao longo daquela noite fui conseguindo reconstruir os destroços do meu ser, faltava-me ao que me agarrar, apaixonadamente. Algumas linhas ajudaram. Pensar em amigos ajudou. Interagir com velhos amigos ajudou. Assim como estar com aqueles que sofrem para valorizar o que se tem.
Domingo, já um pouco melhor, com um melhor sentimento de confiança, fé no desconhecido, mais uma porrada para me fazer enxergar a importância da força por detrás da certeza de seus valores.
O problema que me deparo é o seguinte: como argumentar de forma a convencer quanto ao certo e ao errado? Terrível tarefa (e estafante) quando se fala de sentimentos e sensações sutis.
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“– Pobres velhos! – comentou Philip quando se viram, ele e a mulher, a distância de não serem ouvidos. – A respeito de que poderiam eles estar conversando? São velhos demais para falar de amor – velhos e bons demais. Demasiadamente ricos para falar de dinheiro. Demasiadamente intelectuais para falar das outras pessoas e demasiadamente eremitas para conhecer pessoas de quem possam falar. Tímidos demais para falar de si mesmos, demasiado inexperientes para falar da vida ou mesmo da literatura. Que resta, pois, aos pobres velhos como assunto de palestra? Nada – a não ser Deus.” (pág.285)
HUXLEY, Aldous. Contraponto. Ed. Globo S.A., 1975.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Ausência forçada
HUXLEY, Aldous. Contraponto. Ed. Globo S.A., 1975.
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PERGUNTA: - E que poderiam fazer tais pessoas para diminuir ou neutralizar os efeitos danosos do próprio “mau olhado”? (pág.146)
“Só a continuidade de uma vida regrada, amorosa e sacrificial ao próximo poderá reduzir no ser um estigma tão infeliz! O fluido mau do passado, acumulado na região perispiritual adjacente à visão humana lembra o fenômeno da água suja da cisterna, a qual deve ser esgotada incessantemente para surgir a água limpa. No caso do 'mau olhado' só há duas coisas a fazer: a criatura libertar maior cota de luz interior pela renúncia, pelo amor e perdão incondicional a todas as ofensas do mundo, ou descarregar o fluido do seu 'mau olhado' em algum objeto que sirva propositadamente para um despejo preventivo. Aliás, a carga maligna do 'mau olhado' se enfraquece pelo seu esgotamento natural ou então purifica-se pelo sofrimento.”
RAMATÍS. Magia de Redenção. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1989.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Enfeitiçamento
RAMATÍS. Magia de Redenção. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1989.
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“ – Para mim – retorquiu Burlap – é uma certeza. Uma certeza absoluta. – Falava com muita ênfase, sacudindo a cabeça com violência. – Uma certeza completa e absoluta – repetiu, hipnotizando-se com a reinteração da frase a ponto de entrar em um estado fictício de convicção apaixonada. – Completa e absoluta. – Silenciou; mas interiormente continuou a se açoitar até entrar num furor místico. Pensou em Rimbaud ao ponto de se transformar ele próprio em Rimbaud. E depois, subitamente, o seu diabinho meteu para fora a carantonha arreganhada e cochichou: 'Dez quilos de ouro à cinta'. Burlap exorcizou o demônio, mudando de assunto.” (pág. 185)
HUXLEY, Aldous. Contraponto. Ed. Globo S.A., 1975.
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O site do SRH ainda não atualizou, mas já saiu no D.O. mais 25 convocações para a UERJ, faltam só 36 para eu ser chamada! xD
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Ponto a favor
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Conversa de metrô...
Posso perguntar que livro é esse?
Contraponto.
Muito boa escolha!
Obrigada!
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“ Rampion fez com a cabeça um gesto de assentimento.
– Ela é de fato admirável. Corajosa, forte e perseverante. Mas é resignada demais.
– Mas essa me pareceu justamente uma de suas qualidades dignas de admiração!
– Ela não tem o direito de ser resignada – respondeu Mark, franzindo a testa. – Não tem direito. Quando a gente tem uma vida como a dela não deve ser resignada. Deve antes ser revoltada. É essa maldita religião. Eu lhe disse que ela era religiosa?
– Não; mas eu adivinhei quando a vi...
– É uma bárbara da alma – continuou Rampion. - Só pensa na alma e no futuro. Para ela não há presente, nem passado, nem corpo, nem intelecto. Só a alma e o futuro e, por enquanto, a resignação. Haverá coisa mais bárbara do que isso? Ela devia rebelar-se.
– Deixemos que sua mãe fique como é. Será mais feliz assim. O senhor pode se revoltar pelos dois...
Rampion riu.” (pág.124)
HUXLEY, Aldous. Contraponto. Ed. Globo S.A., 1975.