Essa semana me percebi lembrando uma memória de infância; não foi um fato, não foi um cheiro, começou pelo vento. Isso mesmo, o vento tem esse efeito sobre mim, geralmente eu sinto a brisa e fico feliz, às vezes acontece quando chove, ou quando sou surpreendida por um raio de sol que não queima. Mas o vento é certo, sempre ele me leva para outro lugar, e um lugar feliz. Dessa vez, me veio na cabeça a imagem de um lanche que fazíamos na colônia de férias, o sanduíche vinha em um plástico branco, o pão era desses lisos, cortado diagonalmente. A sensação dele encaixado entre os meus dedos, e a de mastigá-lo foram tão reais que demorei um tempo a decifrar de onde vinha a lembrança. Eu e minha irmã éramos as únicas a ficar na colônia o dia todo e, por isso, éramos as únicas a almoçar lá. Os sanduíches nos eram dados pela moça que trazia o nosso almoço e, se bem me lembro, o sanduíches eram o lanche da manhã. A moça perguntava o que íamos querer no almoço do dia seguinte, ela nos contava do filho dela, que trabalhava lá mesmo na academia/clube. Eu devia ter meus oito anos.
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Um comentário:
Tem muitos modos de resgatar lembranças.
A iluminação de meio da tarde na minha cozinha (quando o sol atravessa a cozinha inteira), causa boas lembranças pois lembra de férias, que é quando eu mais via isso.
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