Eu acredito em destino, mas acho que não da forma como geralmente se acredita. Por isso quando me perguntam, eu não posso afirmar categoricamente “sim” ou “não”. O destino que eu acredito leva o livre-arbítrio em consideração, grandes eventos em nossas vidas seriam programados como provas, situações que devemos passar e resolvê-las da melhor forma possível, que é mostrando o quanto já aprendemos sobre o bem. E para os acontecimentos menores, os problemas e entraves do cotidiano, talvez não tenham a ver com algo já traçado, mas são conseqüências para as nossas atitudes e ações, que dependendo do que plantamos, colheremos mais cedo do que imaginamos. Quer um exemplo?
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“861. O homem que comete um assassinato sabe, ao escolher a sua existência, que se tornará assassino?
Não. Sabe apenas que ao escolher uma vida de lutas terá a probabilidade de matar um de seus semelhantes, mas ignora se o fará ou não, porque estará quase sempre nele tomar a deliberação de cometer o crime. Ora, aquele que delibera sobre alguma coisa é sempre livre de a fazer ou não. Se o espírito soubesse com antecedência, que, como homem devia cometer um assassínio, estaria predestinado a isso. Sabei, então, que não há ninguém predestinado ao crime e que todo crime, como todo e qualquer ato, é sempre resultado da vontade e do livre-arbítrio. De resto, sempre confundis duas coisas bastante distintas, os acontecimentos materiais da existência e os atos da vida moral. Se há fatalidade, às vezes, é apenas no tocante aos acontecimentos materiais, cuja causa está fora de vós e que são independentes da vossa vontade. Quanto aos atos da vida moral, emanam sempre do próprio homem, que tem sempre, por conseguinte, a liberdade de escolha: para os seus atos não existe jamais fatalidade”. (pág.283)
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
“861. O homem que comete um assassinato sabe, ao escolher a sua existência, que se tornará assassino?
Não. Sabe apenas que ao escolher uma vida de lutas terá a probabilidade de matar um de seus semelhantes, mas ignora se o fará ou não, porque estará quase sempre nele tomar a deliberação de cometer o crime. Ora, aquele que delibera sobre alguma coisa é sempre livre de a fazer ou não. Se o espírito soubesse com antecedência, que, como homem devia cometer um assassínio, estaria predestinado a isso. Sabei, então, que não há ninguém predestinado ao crime e que todo crime, como todo e qualquer ato, é sempre resultado da vontade e do livre-arbítrio. De resto, sempre confundis duas coisas bastante distintas, os acontecimentos materiais da existência e os atos da vida moral. Se há fatalidade, às vezes, é apenas no tocante aos acontecimentos materiais, cuja causa está fora de vós e que são independentes da vossa vontade. Quanto aos atos da vida moral, emanam sempre do próprio homem, que tem sempre, por conseguinte, a liberdade de escolha: para os seus atos não existe jamais fatalidade”. (pág.283)
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
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