quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Limites

Ontem, na minha reunião semanal com a Débora, pudemos discutir alguns aspectos da personalidade dela e que precisam ser repensados. Geralmente conversamos nas terças-feiras, mas o contratempo de anteontem acabou contribuindo para abordarmos um assunto corrente.

Eu e a Nat somos muito diferentes da Débora em diversos aspectos, mas algo que parece ser comum a essa nova geração, é a persistência de contestar tudo. Minha mãe falava e raramente não acatávamos suas ordens ou sua negação em comprar alguma coisa. A Débora chega a ser irritante, ela quer sempre saber o motivo de um “não”, o que acaba sendo bastante desgastante. Eu ainda tenho mais paciência que minha mãe e, às vezes, consigo me fazer prevalescer. Ela chega a contestar até quando é hora de estudar! Meia hora de questionamentos. Eu não dou muita trela, mando e se não obedecer, já perde algum benefício e, logo, ela aceita.

Ontem falei seriamente com ela, já que algum incidente tinha acontecido quando estavam fora e elas já chegaram brigando. Claramente a Débora precisa de argumentos claros, e muitas vezes, minha mãe não os têm. E o conflito ocorre. Eu expliquei para ela que nem sempre conseguimos o que queremos, nem tudo tem resposta, e que a vida em sociedade exige que saibamos lidar com os diversos tipos de pessoas. E que, se a minha mãe não irá mudar, que parta dela a mudança, disse ainda que ela pode questionar, mas que questione apenas uma vez, porque se a resposta não vier de primeira, não virá na quinta vez que ela pergunta “por quê?”.

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