quinta-feira, 12 de agosto de 2010

As situações que a gente passa II

Depois da palestra e do passe no Centro Espírita, não sei por que cargas d’água resolvi perguntar sobre o tratamento da desobsessão infantil. No papel falava que era até 10 anos e a Débora tem 11, mas a pessoa com quem falei me incentivou a ir perguntar no local. Eu ia deixar para lá, mas algo me fez mudar de ideia e fui. Só para me aborrecer.

Cheguei, sentei e falei com uma senhora. Eu queria apenas saber se ela poderia ou não se encaixar no perfil, mesmo tendo 11 anos. Quando ela começou a falar, parecia que ela descarregava em mim toda a revolta acumulada de outros que chegam e fazem a mesma estúpida pergunta. Ela perguntou se a criança tinha o corpo desenvolvido e eu falei que sim(poderia ter ficado aí). “Ela tem algum retardo mental?” Não. “Então porque você a trata como criança?” Eu fiquei sem reação, e respondi que achava que criança era até 12 anos. Ela começou a falar que, hoje dia, tinham “crianças” com 12 anos grávidas, e achei aquele julgamento todo desnecessário, sentia muita raiva por parte dela naquele discurso. E não havia meio de a mulher me deixar ir embora. Falou aos montes.

Falei que eu só queria saber aquilo e pronto. Ela então perguntou se eu não achava que ela (Débora) tinha capacidade para fazer o mesmo tratamento que eu, assistindo as palestras. E eu falei que tinha sim, tanto que EU estava fazendo o trabalho de evangelização em casa e que justamente por isso, ela tinha se interessado; mas que ela não tinha tempo para ir ver palestras, que se quisesse, quando fosse mais velha, poderia fazer.

Finalmente, já me levantando, eu disse que não tinha ido lá para discutir, e a senhora surpresa e eloquente, disse aos berros que não estava discutindo, e sim apenas me informando, dando, assim, um sorriso. Ela parecia mais calma, depois de despejar tudo aquilo em mim.

Eu só digo que ela poderia ser mais cordial e menos julgadora. Nem quero que a Débora passe perto daquilo ali.

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