O físico e também cientista social, Luis Alberto de Oliveira, trouxe algumas questões bem interessantes, com a sua palestra “História Natural da Palavra”. Ele falou de alguns anacronismos do filme, como a convivência entre neandertais e os homo sapiens, assim como a não existência de filhos gerados pelas duas espécies como romantiza o filme.
Ele começou fazendo um panorama da sua evolução e apontou para a não existência de raças humanas, pois temos apenas 4 mil gerações de homo sapiens sapiens, o que portanto indicaria uma variação genética ínfima, o que nos tornaria primos de forma geral.
A fala teria sido um marco zero na antropologia, e que sinaliza para uma reconfiguração do nosso modo de pensar. Sucintamente ele nos apresentou como teria acontecido esse processo de aderir a idéia (interior) à coisa (exterior), sendo isso possível porque o homem passou a imaginar, criando a capacidade de juntar a história do objeto com a sua finalidade. Nesse momento, o mundo passa a falar conosco e começamos a humanizar as coisas.
Ele citou também como algo extraordinário, a nossa capacidade de controlar o fogo que era o mesmo que controlar o tempo, nutrindo o fogo como se fosse um organismo. Com a acumulação de alimentos, possível devido às técnicas de caça e colheita, houve um aumento populacional exponencial comparável na biologia somente ao crescimento de tumores. [Achei genial essa comparação, estamos matando a Terra!]
Com a divisão de trabalho e a especialização ainda nesse período de não sei quantos mil anos atrás, criou-se o tempo do ócio o que gerou toda essa parafernália que produzimos sem propósitos de sobrevivência.
O tempo todo ele pareceu-me otimista, falando das transferências cognitivas dos humanos para a tecnologia, pois com toda informação que nos sufoca hoje, nada mais coerente do que delegar certas funções para as máquinas. Nessa hora eu comecei a me preocupar, porque lembrei do caso do Airbus que caiu essa semana e que travou comandos manuais.
Ele começou fazendo um panorama da sua evolução e apontou para a não existência de raças humanas, pois temos apenas 4 mil gerações de homo sapiens sapiens, o que portanto indicaria uma variação genética ínfima, o que nos tornaria primos de forma geral.
A fala teria sido um marco zero na antropologia, e que sinaliza para uma reconfiguração do nosso modo de pensar. Sucintamente ele nos apresentou como teria acontecido esse processo de aderir a idéia (interior) à coisa (exterior), sendo isso possível porque o homem passou a imaginar, criando a capacidade de juntar a história do objeto com a sua finalidade. Nesse momento, o mundo passa a falar conosco e começamos a humanizar as coisas.
Ele citou também como algo extraordinário, a nossa capacidade de controlar o fogo que era o mesmo que controlar o tempo, nutrindo o fogo como se fosse um organismo. Com a acumulação de alimentos, possível devido às técnicas de caça e colheita, houve um aumento populacional exponencial comparável na biologia somente ao crescimento de tumores. [Achei genial essa comparação, estamos matando a Terra!]
Com a divisão de trabalho e a especialização ainda nesse período de não sei quantos mil anos atrás, criou-se o tempo do ócio o que gerou toda essa parafernália que produzimos sem propósitos de sobrevivência.
O tempo todo ele pareceu-me otimista, falando das transferências cognitivas dos humanos para a tecnologia, pois com toda informação que nos sufoca hoje, nada mais coerente do que delegar certas funções para as máquinas. Nessa hora eu comecei a me preocupar, porque lembrei do caso do Airbus que caiu essa semana e que travou comandos manuais.
Um carinha tocou em um ponto interessante, quando perguntou o que aconteceria com toda essa população da Terra quando sofremos de falta de espaço físico, e o Luis respondeu de forma bem divertida, o que me lembrou minhas aulas na escola: ele comparou um grupo de lobos e coelhos e do equilíbrio entre eles; falou da possibilidade de ter mais coelhos o que seria bom para os lobos, que poderiam aumentar sua matilha. No caso do seu aumento, os coelhos diminuiriam e se eles acabassem, seria o fim da espécie do lobo.
No finalzinho, ele falou um pouco dos vídeo-games dessa geração e de como as gerações anteriores valorizavam a imaginação porque essa era a única forma de vivenciar que conhecíamos. Hoje lutamos [nós, os conservadores] um pouco contra essa nova forma de viver, através da percepção, desenvolvendo mais certas partes do cérebro em detrimento de outras. [Parece-me mais uma forma de alienação].
O Luis Alberto apontou para uma nova forma de pensar, comparável à criação da fala: nosso poder hoje de modificar a genética. Os rumos dessa tecnologia são incertos, acho que ele parece ser mais otimista que eu.
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Próxima sessão: 04 de julho com o filme CORRA, LOLA, CORRA e a professora IEDA TUCHERMAN.
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