Hoje estou cansada e morrendo de calor, não sei se conseguirei pensar e discorrer sobre nenhum assunto sério. Também não estou muito a fim de escrever sobre bobagens.
Por isso somente transcreverei o primeiro tópico do livro “Tudo que Sei Aprendi com a Tv” e que vocês não agüentam mais ouvir falar, tenho certeza, já o mencionei algumas vezes e estou à algumas páginas de terminá-lo de vez. Deixei o capítulo sobre a série “Sex and the City” por último, porque nada nela me agradava. Logo no início, assisti de curiosidade, mas a futilidade impediu que eu voltasse para ver qualquer episódio, e mais uma vez, fiquei surpresa com o tanto de filosofia que se pode espremer dali.
Prazeres pequenos e vulgares
“(...)O que poderia ser a felicidade numa época como a nossa? Se você é o que é independentemente de qualquer outra coisa, e a auto-satisfação é o que você valoriza e objetiva antes de qualquer coisa, o que poderia ser a felicidade? O tipo de felicidade que brota do fato de ter algo tão importante na sua vida que sem ela você não seria a mesma pessoa? A modernidade não tem espaço para esse tipo de felicidade. O mundo moderno é um mundo desencantado, onde a possibilidade de algo ter essa importância não existe mais. O tipo de felicidade que emana quando se faz a coisa certa, mesmo que o mundo desabe? Isso não existe. O tipo de felicidade que emana quando se luta, podendo até morrer, por algo cujo valor nos transcende? Para a modernidade, o valor é relativo e subjetivo. O valor depende de nossas escolhas, e não o contrário. Então o que pode ser a felicidade? A responda, como disse Aléxis de Tocqueville quase duzentos anos atrás, é esta: prazeres pequenos e vulgares. Da mesma forma, Nietzsche falou dos “últimos homens”, os derradeiros produtos da modernidade, como aspirantes a nada além do “conforto mesquinho”.
E você sabe do que eles estão falando. Se não tivermos cuidado, nossa vida acaba se constituindo de passatempos – coisas que usamos para passar o tempo enquanto no dedicamos ao negócio muito mais importante de não fazer absolutamente nada que valha a pena. Ficamos sentados assistindo ‘Big Brother’ ou ‘American Idol’ ou (...) saímos com colegas e ficamos de saco cheio. Esses passatempos podem ser tudo o que nos resta depois que a modernidade tirou de nós tudo o que poderia dar algum significado às nossas vidas. A conseqüência de um mundo desencantado é uma vida desencantada – uma vida de prazeres pequenos e vulgares. E o que são esses prazeres? São sentimentos – o que faz de algo um prazer é o modo como é sentido e experienciado. E com isso chegamos à receita da modernidade para uma vida de satisfação. A felicidade é o sinal de que sua vida é cheia de satisfação, e a felicidade consiste em se sentir de uma certa maneira.
Existe uma excelente investigação filosófica desse conceito moderno de satisfação. Chama-se ‘Sex and the City’." E é mais ou menos nesse tom que ele segue.
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Hoje tive uma surpresa, a Bel me ligou lááá de Portugal =D
Por isso somente transcreverei o primeiro tópico do livro “Tudo que Sei Aprendi com a Tv” e que vocês não agüentam mais ouvir falar, tenho certeza, já o mencionei algumas vezes e estou à algumas páginas de terminá-lo de vez. Deixei o capítulo sobre a série “Sex and the City” por último, porque nada nela me agradava. Logo no início, assisti de curiosidade, mas a futilidade impediu que eu voltasse para ver qualquer episódio, e mais uma vez, fiquei surpresa com o tanto de filosofia que se pode espremer dali.
Prazeres pequenos e vulgares
“(...)O que poderia ser a felicidade numa época como a nossa? Se você é o que é independentemente de qualquer outra coisa, e a auto-satisfação é o que você valoriza e objetiva antes de qualquer coisa, o que poderia ser a felicidade? O tipo de felicidade que brota do fato de ter algo tão importante na sua vida que sem ela você não seria a mesma pessoa? A modernidade não tem espaço para esse tipo de felicidade. O mundo moderno é um mundo desencantado, onde a possibilidade de algo ter essa importância não existe mais. O tipo de felicidade que emana quando se faz a coisa certa, mesmo que o mundo desabe? Isso não existe. O tipo de felicidade que emana quando se luta, podendo até morrer, por algo cujo valor nos transcende? Para a modernidade, o valor é relativo e subjetivo. O valor depende de nossas escolhas, e não o contrário. Então o que pode ser a felicidade? A responda, como disse Aléxis de Tocqueville quase duzentos anos atrás, é esta: prazeres pequenos e vulgares. Da mesma forma, Nietzsche falou dos “últimos homens”, os derradeiros produtos da modernidade, como aspirantes a nada além do “conforto mesquinho”.
E você sabe do que eles estão falando. Se não tivermos cuidado, nossa vida acaba se constituindo de passatempos – coisas que usamos para passar o tempo enquanto no dedicamos ao negócio muito mais importante de não fazer absolutamente nada que valha a pena. Ficamos sentados assistindo ‘Big Brother’ ou ‘American Idol’ ou (...) saímos com colegas e ficamos de saco cheio. Esses passatempos podem ser tudo o que nos resta depois que a modernidade tirou de nós tudo o que poderia dar algum significado às nossas vidas. A conseqüência de um mundo desencantado é uma vida desencantada – uma vida de prazeres pequenos e vulgares. E o que são esses prazeres? São sentimentos – o que faz de algo um prazer é o modo como é sentido e experienciado. E com isso chegamos à receita da modernidade para uma vida de satisfação. A felicidade é o sinal de que sua vida é cheia de satisfação, e a felicidade consiste em se sentir de uma certa maneira.
Existe uma excelente investigação filosófica desse conceito moderno de satisfação. Chama-se ‘Sex and the City’." E é mais ou menos nesse tom que ele segue.
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Hoje tive uma surpresa, a Bel me ligou lááá de Portugal =D
Um comentário:
Oláááá!
Adivinha...fiz um blog! Só falta vc fazer fotolog tb...heheheheh
Citeu seu blog no meu post inicial...=)
Bjss
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