(…) “Um
sofista, aproximando-se um dia de um sábio da Grécia Antiga, queria
confundí-lo com perguntas embaraçosas; mas de Mileto mostrou-se à
altura da prova e respondeu a todas as perguntas sem vacilar, com a
maior exatidão. Eis as perguntas:
1. Qual é
a coisa mais antiga?
Deus –
porque sempre existiu.
2. Qual é
a coisa mais bela?
O
Universo – porque é a obra de Deus.
3. Qual
das coisas é a maior?
O Espaço
– porque contém tudo o que foi criado.
4. Qual
das coisas é a mais constante?
A
Esperança – porque perdura no homem mesmo depois de ter ele
perdido tudo.
5. Qual é
a melhor das coisas?
A Virtude
– porque sem ela nada pode ser bom.
6. Qual é
a mais rápida das coisas?
O
Pensamento – porque em menos de segundo percorre o Universo.
7. Qual é
a mais forte de todas as coisas?
A
Necessidade – porque faz o homem enfrentar rodos os perigos da
vida.
8. Qual
das coisas é a mais fácil de fazer?
Dar
conselhos.
Porém,
quando chegou à nona pergunta, o sábio deu a resposta paradoxal,
cujo sentido profundo – tenho certeza – jamais foi compreendido
pelo interloctor imbuído do saber intelectual, bem como para a
maioria das pessoas terá apenas um sentido superficial.
A
pergunta foi esta:
- Qual
das coisas é a mais difícil de realizar?
E o sábio
milésio lhe respondeu:
'Conhecer-se
a si mesmo'.
Esta foi
a mensagem dos sábio dirigida aos homens ignorantes pelos antigos
sábios; esta é também a mensagem da nossa época.” (pág.33)
BRUNTON,
Paul. O Caminho Secreto. Ed. Pensamento, 1986.
Nenhum comentário:
Postar um comentário