Eu me dissocio, como um cientista que observa a sua experiência, o rato branco percorrendo o labirinto. Ao mesmo tempo que sou o cientista, sou o rato – divido-me. Vejo caminhos sem enxergar o fim. Vejo o caminho já percorrido e o que ainda está por vir. Paraliso. Como unir os dois? Como escolher entre um e outro? Como ser o que já se foi? Não há volta. Não há o que seguir. Não há o que perseguir, quando as possibilidades se esgotam. Reprogramar, mas com que dados? Com que combustível?
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5 comentários:
Não é comum as pessoas examinarem a si próprias?
Acredito que sim. E o exame tem um propósito, a minha dificuldade está em voltar ao "modo vida" ao invés do "exame".
Não é tudo uma só experiência?
Fazer e examinar o resultado?
Planejar e comparar com o ocorrido?
Sinceramente eu não sei rs Só sei que é uma nova sensação. E que eu ainda não descobri o que fazer com ela.
Já que você insiste...escrevi pensando especificamente em um evento traumático que vivenciei; durante o período em questão aguentei sei lá como a pressão, pra depois "examinar" e me questionar como pude aguentar aquilo tudo. Dias atrás senti a mesma sensação, só que sem evento traumático acontecer, foi uma sensação espontânea. Como se eu não tivesse controle. Planejar, comparar e examinar parece ficar aquém do que sinto.
É incrível como temos a capacidade de recriar, a partir de lembranças, várias sensações. Isso sem dúvida contribui para o nosso amadurecimento e crescimento.
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