“Existem
poetas a quem pedimos para nos ajudar a decair, para encorajar nossos
sarcasmos e agravar nossos vícios ou nossos estupores. São
irresistíveis, maravilhosamente debilitantes...Existem outros, de
acesso mais difícil, porque não vão ao encontro das nossas
amarguras e das nossas obsessões. Mediadores no conflito que nos
opõe ao mundo, nos convidam à aceitação, à concentração em si
mesmo. Quando estamos cansados de nós próprios e, mais ainda, de
nossas queixas, quando essa mania eminentemente moderna de protestar
e de reivindicar adquire aos nossas olhos a gravidade de um pecado,
que reconforto reencontrar um espírito que nunca sucumbe a ela, que
recua ante a vulgaridade da revolta, como um homem da antiguidade, da
antiguidade heroica e declinante, semelhante à um Píndaro, e também
ao Marco Aurélio da exclamação: 'Tudo o que as horas me trazem é,
para mim, um fruto saboroso, ó Natureza'”. (p.100)
CIORAN,
Emil. “Saint-John Perse”. In: Exercícios de admiração. Rio de
Janeiro: Rocco, 2011.
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“Eu
imaginava que você se tornaria uma empresária super bem sucedida,
estou decepcionada, sério.”
“Desculpa,
por não ter seguido o seu plano para a minha vida”.
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