De todas as palestras do cineclube Ciência em foco, a de ontem foi a mais científica. Termos como neurotransmissores e transtorno de estresse pós-traumático deram o tom da fala do palestrante Fernando Vidal. O seu sotaque confirmou sua nacionalidade estrangeira, coincidindo com uma palestra um pouco diferente das últimas.
Ele falou pouco sobre o filme, não o dissecou realmente, mas o pouco que falou foi interessante. Cidade das Sombras levanta questões sobre a memória – o sofrimento que se enfrenta por saber que não se é quem achamos que somos, porque as memórias foram suplantadas. O que fazer quando se descobre algo assim? Suicídio no caso de um reles mortal. Mas para John Murdock, aquele que é diferente, aquele que tem o poder de lutar contra os seus criadores que o manipulam, existe a possibilidade de tornar sua realidade inautêntica em autêntica (a partir de memórias autênticas) mesmo que sejam de outras pessoas. Parece confuso, mas o filme se explica bem.
A palestra ainda passeou pelo campo da bioética (o.O), pois que a ciência atual entra pelos caminhos de tentar amenizar traumas ao manipular enzimas para diminuir impactos afetivos – mesmo que alterando nossa humanidade.
A questão que instigava o título da palestra era se somos nossas memórias, mas não senti a questão sendo tocada como deveria. Estou até agora sem conseguir decidir, não tenho ferramentas para tal.
Um amigo comparou Cidade das Sombras com Matrix e isso foi mencionado também na palestra; claramente o segundo teve maior repercussão devido à superioridade técnica e estética, Cidade das Sombras acaba tendo um ar de filme B. Não que isso desmereça o filme – dessa vez gostei mais do filme do que da palestra.
E isso tudo na verdade não importa, o que importa foi sentir que eu estava onde deveria estar. Uma familiaridade sem igual, como se em casa estivesse. Curioso isso.
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Próxima sessão do cineclube da Casa da Ciência: 07 de NOVEMBRO com o filme CLUBE DA LUTA (1999) do DAVID FINCHER e o palestrante RENATO NOGUEIRA JUNIOR.
Ele falou pouco sobre o filme, não o dissecou realmente, mas o pouco que falou foi interessante. Cidade das Sombras levanta questões sobre a memória – o sofrimento que se enfrenta por saber que não se é quem achamos que somos, porque as memórias foram suplantadas. O que fazer quando se descobre algo assim? Suicídio no caso de um reles mortal. Mas para John Murdock, aquele que é diferente, aquele que tem o poder de lutar contra os seus criadores que o manipulam, existe a possibilidade de tornar sua realidade inautêntica em autêntica (a partir de memórias autênticas) mesmo que sejam de outras pessoas. Parece confuso, mas o filme se explica bem.
A palestra ainda passeou pelo campo da bioética (o.O), pois que a ciência atual entra pelos caminhos de tentar amenizar traumas ao manipular enzimas para diminuir impactos afetivos – mesmo que alterando nossa humanidade.
A questão que instigava o título da palestra era se somos nossas memórias, mas não senti a questão sendo tocada como deveria. Estou até agora sem conseguir decidir, não tenho ferramentas para tal.
Um amigo comparou Cidade das Sombras com Matrix e isso foi mencionado também na palestra; claramente o segundo teve maior repercussão devido à superioridade técnica e estética, Cidade das Sombras acaba tendo um ar de filme B. Não que isso desmereça o filme – dessa vez gostei mais do filme do que da palestra.
E isso tudo na verdade não importa, o que importa foi sentir que eu estava onde deveria estar. Uma familiaridade sem igual, como se em casa estivesse. Curioso isso.
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Próxima sessão do cineclube da Casa da Ciência: 07 de NOVEMBRO com o filme CLUBE DA LUTA (1999) do DAVID FINCHER e o palestrante RENATO NOGUEIRA JUNIOR.
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