sábado, 10 de setembro de 2011

Entrega

08/09/11

São 10 horas da manhã
Tic-Tac

O sol esquenta (e queima)
Tic-Tac

A lama seca
Tic-Tac

O barro trinca
Tic-Tac

E o pó levanta
Tic-Tac

A alma que estava presa flutua
Tic-Tac

Livre, leve, em busca
Tic-Tac

A alma indaga:
“Onde vou me deixar estar?
Onde vou me entregar?
Perder-me para me encontrar?”
Tic-Tac

Foi só a alma não mais
Suja de lama indagar
Para a oportunidade chegar
Tic-Tac

E ali, naquele lugar,
no jardim prestes a se formar,
Rosas puseram-se a brotar.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Coração versus Cérebro

Nat, outro dia, descobriu que o amigo dela era espírita (eles estão por toda parte!) e mostrou-se um pouco incomodada com a forma com que ele falava da doutrina, algo com o tom de tentativa de conversão, com ar de dono da verdade. Perto dela eu já tomo esse cuidado naturalmente, ela sempre foi um pouco resistente, para mim sempre foi algo que me fazia sentir bem, por isso, eu não costumo insistir com algumas curiosidades ou assuntos perto dela.

Acho muito curioso que para algumas pessoas certas coisas são tão claras e outras não. E isso não acontece só com religião, mas igualmente com qualquer assunto na verdade.

Acabei de ler no jornal sobre um físico, Leonard Mlodinow, defendendo o acaso em nossas vidas em detrimento de Deus. Primeiro, eu não quis nem ler a reportagem, mas fiquei curiosa sobre os seus argumentos, e fiquei feliz por ter superado o meu preconceito. Ele simplesmente não consegue enxergar no mundo provas de que Deus exista, por isso, prega o que acredita. Engraçado, que tem gente que não acredita nem vendo, então fica difícil.

Em dado momento, na entrevista, quando perguntado se seria ateu, ele falou de uma realização que ele teve sobre suas próprias crenças:

“Em uma entrevista perguntaram-me se eu acreditava que havia vida inteligente em algum outro lugar do Universo. É engraçado porque eu creio nisso, embora não haja nenhuma razão científica para tal. Assim, eu entendo por que as pessoas têm fé em Deus por que eu sinto essa mesma fé, mas pelo menos reconheço que não tenho bases para acreditar nisso”.

Eu enxergo Deus em todo lugar; na natureza, em mim mesma quando encontro um amigo querido, na gargalhada de uma criança, nas palavras carinhosas de um desconhecido, na caridade e em tantos outros lugares.

O meu ímpeto tinha sido escrever sobre alguns conceitos espíritas, mas acho que Deus não está em palavras e sim em sentimentos, não adiantaria ler sobre Deus se a pessoa não se sente aberta a vivenciá-lo.

No entanto, gostaria de deixar registrado algo, o físico não consegue enxergar Deus nas situações que acontecem no cotidiano, e uma imagem me veio na cabeça, algo que provavelmente já foi dito por inúmeras pessoas (acho que até já li um conto do Veríssimo falando isso), mas me pareceu pertinente.

Imagine Deus como o diretor de uma empresa muito grande, os funcionários na fábrica ouvem falar dele de vez em quando, eles têm mais contato com seus supervisores diretos, gerentes, e à medida que vão subindo os níveis de hierarquia, mais contato se tem com o diretor. Todos nós somos trabalhadores na fábrica, e aqueles que têm Deus em seus pensamentos estão buscando subir esses níveis de hierarquia. Se não O enxergamos, nunca poderemos subir na escala da promoção.

Quando falo Deus, essa palavra remete a tudo de positivo e perfeito que possamos imaginar. Sugiro que releia o último parágrafo tendo isso em mente agora, e verá a diferença na leitura.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Verdade verde-amarela?

Curiosamente, o filme LANTERNA VERDE me surpreendeu em um aspecto. Não me prendo nem um pouco à narrativa, às atuações ou ao roteiro. Falo da história em si, da essência dos guardiões. Alguma cena, algum olhar, algum momento, me fez acreditar na superação do medo. Saí da sala de cinema com a sensação de fé renovada, mesmo que o assunto não tenha sido exatamente explorado. Bastou uma centelha para me catapultar para o mar que existe aqui dentro de mim.
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Why did it feel so right and so wrong to desire those lips? They both wanted, but was it genuine? Did the reasons matter? Were they in tuned with their own selves, with their way of living and beliefs? Why was it so hard to have a life, a good life, one that they wouldn’t be ashamed of living? One they would be living truthfully.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Casa da Ciência – Guerra Sem Cortes (2007)

Apesar de não assistir filmes de guerra normalmente, fiz uma exceção para o tema. O palestrante Karl Erik Schollhammer começou falando sobre a nova imagem de guerra que se propõe pela visão cinematográfica, explorando novas mídias através das linguagens digitais. O diretor, Brian de Palma, nunca aparece como narrador, o filme é montado pelas vozes dos outros, pelas vozes da sociedade.

Pudemos presenciar uma forma diferente de apresentação do filme de guerra, pois não era nem documentário assumido ou ficção totalmente, era uma terceira maneira de contar a história real, recriando com uma linguagem digital.

Karl Erik nos passou sua interpretação do objetivo do filme que seria uma versão informal da comunicação digital. Em dado momento, duvidamos do que estamos vendo, não sabemos ao certo se estamos diante do real ou da encenação.

Um outro ponto crucial para o desenrolar de sua fala foi o olhar que não é de fora, como em um documentário comum, o filme se apresenta a partir de olhares de dentro dos próprios acontecimentos, o “olhar embarcado”. Temos, assim, uma proximidade dos atos de guerra.

A tentação do personagem principal de criar o seu próprio filme a partir da experiência da guerra é tão grande, que ele se dispõe a participar de crimes para ter o que filmar. A verdade está sempre em questão.

Karl Erik ainda recomendou dois outros filmes de temáticas semelhantes, o dinamarquês, Armadillo (2010), e o norte-americano, Restrepo (2010).
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Próxima sessão do cineclube da Casa da Ciência: 01 de OUTUBRO com o filme OBRIGADO POR FUMAR (2005) de JASON REITMAN, o palestrante IVAN DA COSTA MARQUES e a palestra ALEGAR QUE CIGARROS NÃO VICIAM REQUER PROVAS.

domingo, 4 de setembro de 2011

Defesa do consumidor

Nossa tevê da LG já apresentava alguns problemas há algum tempo; levava minutos para ligar e estalava enquanto tentava. Percebemos que levava mais tempo para ligar quando era ligada pela primeira vez, quando “aquecida”, funcionava sem problemas.

Com uma pesquisa rápida na Internet, descobrimos que o defeito não só nos atingia, como também, atingia inúmeros outros consumidores. Até mesmo uma decisão judicial já obrigava a LG a fazer um recall por conta de certos capacitores. No entanto, para dificultar a nossa vida, o capacitor do recall nem sempre é o queimado, e fica um empurra-empurra da LG e da assistência técnica.

Abrimos a tevê e, para nossa surpresa, vários capacitores tinham uma marcação com caneta azul, estando três deles estufados. Para resolver de vez o problema, substituímos todos os oito capacitores marcados, e, a tevê vai muito bem, obrigada.

A situação condiz muito bem com o documentário THE STORY OF STUFF.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pilha III

Nova lista!

> Anarquistas, Graças a Deus (Zélia Gattai)
> Um Lugar Ao Sol (Érico Veríssimo)
> Antologia do Conto Mundial 4 (Do Romantismo ao Realismo)
> Coração de Vidro (José Mauro de Vasconcelos)
> Seminário dos Ratos (Lygia Fagundes Telles)
> A Arte de Amar (Erich Fromm)

Ainda da biblioteca daqui de casa...CCBB só em outubro! Mal posso esperar! Se é que não vai demorar ainda mais aquela obra...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Passatempo

Dr. Max: What do you wanna do?
Mr. Smith: Blow up the Earth!
Dr. Max: What´s your second choice?
Mr. Smith: Make my mother love me!
Dr. Max: We can´t make anybody do anything, we can only present opportunities that people choose to acknowledge or not.

319 Lois & Clark The New Adventures of Superman
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Pedro: Eu nunca sei quem é o Mulder e quem é a Scully...
Clarissa: Bom, parece que o seu inconsciente sabe.