Semana passada senti
vontade de refletir e escrever sobre alguns temas...como não parei para
fazê-lo, perderam-se.
Vi alguém triste
porque o budismo fala da ilusão que se tem de individualidade. Sei que parece
estranho, pensamos ser nossos gostos e nossas escolhas, porém nossa noção de eu
apenas esconde nossa verdadeira essência. Depois que se começa o trabalho de ir
desapegando de rótulos, vai ficando mais fácil...mas ainda precisamos de alguns
para viver na matéria.
Lembro de um diálogo
antigo, um amigo me perguntando que músicas/ bandas eu gostava, ele tentava
traçar o meu perfil, o meu rótulo na cabeça dele. Eu me incomodei com a
pergunta porque desde aquela época, eu sentia...
Não sou a música que
escuto
Não sou a comida que
como
Não sou o programa
que assisto
Aqueles rótulos não
me serviam mais
Eu era um ser
errante
Tentando encontrar a
luz
E se eu dissesse:
busco a luz
Olhariam para mim
como estranha
Alguém sem persona
Alguém sem vida
Quando na verdade
Eu buscava meu Eu
Meu Eu, minha essência
Que não se rotula
Que é fluida