terça-feira, 29 de setembro de 2009

[seja criativo, imagine um título aqui]

Quase não fui pra aula hoje por causa do resfriado, mas acabei indo, afinal não estava com febre. Hoje eu ia faltar o hapkidô para ir ao Festival do Rio, mas acabei não indo, afinal estou doente.

Faltei aos dois.

Domingo eu ia ver o filme que não vi hoje, mas acabarei não indo, afinal tenho um churrasco. Sábado agora tem Casa da Ciência, espero ir porque afinal estarei melhor, espero.

Fazendo o quê: monografando affff

domingo, 27 de setembro de 2009

Coisas de Débora II

Meia noite de domingo

D: Mãe, peguei um livro com o papai. [E mostra o livro dos espíritos do Allan Kardec]
M: Débora, isso não é hora!
D: Mas eu quero saber o sentido da vida. [Indo pro quarto]

E nós na cozinha

Nat: Coitada, que iludida.
Cla: Achando que vai encontrar isso em um livro.
Nat: Você só vai descobrir isso vivendo! [Gritando da cozinha]

sábado, 26 de setembro de 2009

Barulinho & amizades que mudaram

Fim de semana passado, fui finalmente ver o Barulinho – espetáculo infantil das Chicas – lá no Teatro das Artes no Shopping da Gávea. Como não podia deixar de ser, a qualidade da música estava impecável, eu me diverti tanto quanto a Débora. Ela adorou receber os esguichos de água e disse ter gostado mais da menina de macacão (Isadora), suspeito dessa preferência por causa da música da “velha” rsrs – canção que ela mais gostou.
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Não é estranho quando você tem um amigo que durante um período da sua vida, foi um de seus melhores amigos, e no presente se constata que a pessoa que ele se transformou não é mais aquele que você adorava? Ele vem com um papo rasteiro, festeiro, mas que não te toca, e eu não consigo mascarar esse novo sentimento, meu rosto me denuncia.

E outros me tratam como mãe, contam tudo sobre o seu dia e não se preocupam em perguntar como você está, assim eu não consigo me relacionar. Relacionamento sem troca substancial eu dispenso.
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Só consegui ver House hoje, 4 da manhã, que vida ingrata!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mãe, não se vá!

Tentando convencer minha mãe a não ir ao jogo (detalhe: Botafogo ganhou nos dois últimos jogos que minha mãe não foi e vinha perdendo antes).

Você prefere ir pra perder ou ficar em casa e ganhar?

Você quer que o seu time ganhe ou perca?

Mãe, você gosta de sofrer mesmo, vai só pra ver o seu time perder.
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Está tão complicado escrever pro blog por causa da mono...estou tão sem tempo, que nem consegui ver o episódio novo de House que passou na segunda =/ Eu queria falar um pouco sobre os presentes que ganhei mas tá difícil!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Rapidinha do hapkidô

Ivan: Clarissa, quantos anos você tem mesmo?
Eu: Hoje ou amanhã?
Ivan: Hoje.
Eu: 23.
Ivan: E amanhã?
Eu: 24, oras.

E cantaram "parabéns" XD

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

10 semanas = 70 dias = 2 meses e 1 semana

Esse é o tempo que tenho
Tempo que irá voar
Tempo que irá me sugar

Queria eu estar livre para sonhar
Livre para ler
Livre para voar

Um voo assim pelas coisas que gosto
Um voo pelos caminhos que conheço
E porque não – que desconheço

Presa aqui neste espaço
Espaço confinado
Espaço-tempo que me desanima
Espaço-tempo que me faz gelar
Tremer sem saber
Sem saber se conseguirei
Sem saber se triunfarei
Sem saber quando terminarei

Às vezes parece que enlouquecerei.
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21 de setembro de 2009

*não entre em pânico! não entre em pânico!!!!* Tarde demais.

domingo, 20 de setembro de 2009

O segredo

Essa semana, Nat comentou algo que ela ouviu em aula, causos que um professor contou com relação ao segredo que a religião católica – assim como outras seitas, como a maçonaria – mantém guardado a sete chaves. Ele mencionou que existiriam rituais, níveis de conhecimento; as informações são passadas aos poucos, porque o sujeito deve ser preparado para receber a “verdade”, senão a loucura pode se instalar, como foi o caso que ela ouviu.

A princípio eu fiquei cética, mas se você parar para analisar, se a pessoa que está sendo preparada é ultra-religiosa e descobre que Jesus não existiu e que foi tudo invenção, não duvido que fique meio maluca, afinal, tudo em que ela acreditava foi por água abaixo.
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Eve ligou lá de Nice \o/ Oh, surpresa boa =DD

sábado, 19 de setembro de 2009

A verdade nua e crua sobre o Amor por BAUMAN

O livro do Bauman realmente disseca o amor, analisa algo tão abstrato, só para nos tornar ainda mais inseguros quanto ao amor. A verdade nua e crua. Mas isso já se sabe, basta viver. Agora eu não estou com muito tempo para refletir, as leituras estão acumulando, mas deixo alguns trechos esclarecedores (e amendrotadores):

“(...) O desejo é o ímpeto de vingar a afronta e evitar a humilhação. (...) Se o desejo quer consumir, o amor quer possuir. Enquanto a realização do desejo coincide com a aniquilação de seu objeto, o amor cresce com a aquisição deste e se realiza na sua durabilidade. (...) Investir no relacionamento é inseguro e tende a continuar sendo, mesmo que você deseje o contrário: é uma dor de cabeça, não um remédio. (...) A solidão produz insegurança – mas o relacionamento não parece fazer outra coisa. Numa relação, você pode sentir-se tão inseguro quanto sem ela, ou até pior. Só mudam os nomes que você dá à ansiedade. (...)”
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“Não estufes o teu peito pelo que tu sabes; dá ao ignorante a mesma atenção que dispensas ao sábio.” (Ptahotep, egípcio, há mais de 2000 anos a. C.)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Crescimento interior

É tão curioso quando a vida nos mostra certas coisas! Essa semana eu voltava para casa do cursinho com a sensação de um bom dia, eu estava já para saltar na estação do metro, quando me deparei com um professor meu que eu era meio apaixonada. Curioso que nessa situação, se fosse qualquer outra pessoa do meu passado distante, eu ficaria na dúvida de chamar sua atenção, mas com um impulso carinhoso por tudo que ele tinha significado para mim, toquei no seu braço e me fiz ser notada. Ele estava meio cabisbaixo, e não deu tempo de perguntar o porquê, pois logo em seguida outro ex-aluno o reconheceu.

Bom, o que eu notei, foi que em cada momento da minha vida que o encontrei, desde que o conheci, eu fui me sentindo mais segura, e meus sentimentos por ele foram ficando mais equilibrados.

No início eu era arredia e tímida, ficava envergonhada de encontrá-lo na rua, depois passei a querer esbarrar com ele. Após a frustração de não poder mais vê-lo porque o pré-vestibular tinha acabado, veio a época que eu o via e mudava de direção para não esbarrar com ele, e por fim, veio esse encontro de ontem, em que eu senti-me segura para chamar sua atenção e ser amistosa, sem medos, sem raiva, senti só um carinho por aquele ser humano que tinha tido um impacto tão grande no meu passado e que se faz presente.
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“Se tu és um chefe, escuta com benevolência a palavra do queixoso. Não o interrompa. Espera com paciência que ele desfie todas as suas aflições. O suplicante tem necessidade de esvaziar seu coração; para ele é mais importante que conseguir aquilo por que veio.” (Ptahotep, egípcio, há mais de 2000 anos a. C.)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Memories

memórias
como cantos da minha mente
memórias coloridas com uma aquarela enevoada
de como nós éramos
fotos espalhadas,
dos sorrisos que deixamos para trás
sorrisos que nós lançamos
para quem nós éramos
será possível que era tão simples?
ou o tempo reescreveu todo diálogo?
se tivéssemos a chance de fazer tudo outra vez
diga-me, faríamos? Poderíamos?
memórias podem ser belas e ainda assim
serem penosas de lembrar
nós simplesmente escolhemos esquecer
então será a risada
que nós lembraremos
quando nós lembrarmos...
de como nós éramos...
de como nós éramos...

Reconheceu?
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São tantas coisas pra escrever, tantas palavras prontas para serem ditas, mas o tempo corre, e a monografia vai dar mais trabalho do que eu imaginava...pelo menos nesse início. Affff.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Angústia contemporânea: dois lados da moeda

Viniçus estava me mostrando umas figuras e tirinhas num dos fóruns que ele acessa e fiquei com um assunto me instigando. Vejam a tirinha:

CARA

Escrevemos uma reação que não condiz com a realidade. Vejo algumas implicações, imaginemos que as duas pessoas falassem ao vivo, seria algo real, humano, enquanto que na virtualidade a própria pessoa imagina como a outra estaria reagindo. Parece-me que a virtualidade afasta a questão da profundidade dos laços, porque as palavras do interlocutor que chegam até nós, nos estimulam a reagir com nós mesmos e não com outro. Assim, nos individualizamos mais e desaprendemos a conviver em sociedade. Estamos desaprendendo a sentir, estamos virando mortos-vivos diante da tela, somos pura reação a uma ação, mascarando o que esperam de nós. Ao mesmo tempo que nos isolamos, paradoxalmente, nos juntamos a grande massa homogênea do vazio, somos parte da massa insensível.

COROA

Será que é tudo ao contrário? Será que o meio não transformou essas pessoas e sim as pessoas que transformaram o meio? Será que elas já tinham essa falta de sensibilidade e por isso sentem-se confortáveis na situação diante da tela? Será que elas já nasceram anti-sociais e usam a tecnologia como uma tentativa de entrar em contato com o outro, um contato ao longe que já é um grande passo para aquele que sem ela se isolaria de outra forma?

Viajei demais?
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Quem quiser ler mais sobre o assunto, recomendo o livro “Amor Líquido” do BAUMAN que caiu como uma luva nesses meus questionamentos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cultura inútil: twitter

Pense numa pessoa da mídia, pode ser alguém que você gosta ou detesta. Pensou? Agora tenha certeza que ela tem twitter, pode ir procurar! Eu fiquei boba, com o tanto de celebridades twittando, todos querem lançar suas palavras no universo...da internet. É engraçado como isso parece nos aproximar delas.

Este site lista alguns twitters de celebridades.
http://giantredcarpet.com/

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Resumo de filosofia

Hoje esbarrei em uns papéis meus que tinham palavras como: sublimação, renúncia à pulsão, coerção e me lembrei das minhas aulas de filosofia lá do 2º. período – e era mesmo um resumo da matéria para prova, engraçado foi não lembrar como eu poderia ter escrito tudo aquilo. Quem tiver interesse deixo o link para o download, e um trecho para os preguiçosos.

“(...) Ao entrar em contato com a cultura o sujeito tem sua pulsão violentamente reprimida pela sociedade, sendo obrigado/coagido a renunciar dela, por sua vez essa renúncia nunca é total. O trabalho está ligado a essa renúncia ao gozo e a busca pela sublimação a partir de outros objetos. Os neuróticos (que somos nós) podem responder a essa imposição com tendências destrutivas, como ser anti-social e/ou anti-cultural. Este sacrifício pulsional gera hostilidade por parte de todos.

A coerção mantém a ordem e é necessária porque somos produtos da civilização. Os locais desenvolvidos têm menor necessidade de coerção porque são civilizados ao extremo, tendo as regras bem internalizadas. Quanto mais civilizado menor é a satisfação pulsional.

Para Freud a formação de massa está diretamente ligada ao campo do imaginário (na identificação de um líder por um grupo, por exemplo) por isso a estrutura social sustenta-se no campo simbólico, nas leis. O imaginário inteiramente narcísico. Freud acredita que as coisas não mudam de um dia para o outro, mudam pelo processo histórico e não na revolução.

Não produzimos ideais, estes são dados pelo outro.

Palavras-chave: coerção e renúncia à pulsão.

Um sujeito falante é um sujeito castrado, são três as formas de castração simbólica, a frustração que se refere à não satisfação da pulsão; a proibição que determina que a pulsão não pode acontecer e a privação (universal ou particular) que seria o estado em que o indivíduo se encontra. Privação universal: pulsão de morte, incesto etc. Privação particular: mentira, fraude etc.

Os psicóticos e os perversos são assim porque não se adaptaram à castração enquanto nós, neuróticos, sofremos com as adaptações. Como essa psique é efeito da civilização (relações simbólicas), é obrigação do Estado preocupar-se com a assistência dela.

O parentesco é algo não natural e sim cultural, que interdita o objeto. O desejo também é efeito da civilização e ocorre em função da interdição que não é natural. O super-eu é um processo cultural no qual há uma coerção externa sobre o interior dos indivíduos; uma vez formado, a privação passa a ser interna. Ele também é responsável pela renúncia à pulsão e o seu recalque.

O recalque é uma repressão internalizada, este sempre retorna e é fruto da censura entre o consciente e o inconsciente. O retorno do recalque pode ser representado pelo lapso, ato falho, sonhos, chistes (piadas). O recalque não opera na sublimação. Há inicialmente um recalque originário efeito da entrada na cultura, na linguagem. O esquecimento caracteriza aquilo que está absolutamente recalcado.

A pulsão é definida como uma necessidade de algo desnecessário, não havendo nenhum objeto específico, esta busca apenas a satisfação. A pulsão sexual por ser flexível pode ser substituída por objetos culturais. Esta substituição caracteriza uma nova concepção da sexualidade.

O inconsciente é o agente da civilização possibilitando que nos coloquemos no lugar do outro. A nossa identidade é formada por ideais, imagens e o imaginário.

O amor é narcísico e representa a perda de autonomia e da individualidade. Ao se dirigir a objetos e não pessoas não estamos sendo narcísicos, como acontece com a arte. A sublimação não é narcísica porque se satisfaz por objetos e não pessoas. Idéias-chave: a arte como processo de produção de ideais e como sublimação(...).”

domingo, 13 de setembro de 2009

Péssimo serviço, AOCP!

Voltei há algumas horas da prova para o INES e fiquei muito descontente com a (des)organização da banca. Se alguém que estava na minha sala pedir para anular o concurso, não tenho dúvidas que terão razões de sobra. A entrada das pessoas atrasou, era muita gente para entrar e uma porta pequena para passar; resolveram abrir a garagem e foi nesse momento que consegui entrar, e já eram quase 8 horas. Quando cheguei na sala, fiquei muito surpresa de ver o saco de provas já aberto e concorrentes furiosos com a chegada daqueles que estavam ainda entrando no prédio.

O fiscal da nossa sala (1201) mostrou-se inexperiente com os procedimentos básicos de qualquer concurso e não sabia exercer seu poder de autoridade, ficou se defendendo, coisa que não existe, já que ele era o responsável. As provas foram distribuídas enquanto as pessoas ainda estavam chegando e deixando que esta fosse folheada – foi só quando um senhor reclamou, que ele pediu desculpas e voltou atrás; um total desorientado.

Fomos avisados que a prova então começaria às 9h e que o tempo passado seria acrescentando ao final. E enquanto esperávamos o início da prova, uma menina que foi ao banheiro nos informou que as pessoas já tinham começado a fazer a prova nas outras salas, algo inconcebível, ou seja, inúmeras brechas para fraude. Nunca vi tanta desordem nesses meus anos todos de concurso, de vestibulares, e duas questões já devem ser anuladas porque vieram com erros de digitação (ex. a,b,b,d,e). Foram 50 questões que nivelam por baixo, fáceis como de uma FCC ou ESAF.

sábado, 12 de setembro de 2009

Onde está o Ziraldo?

Débora mal podia esperar para pedir o autógrafo do Ziraldo, levou o seu livro da Professora Maluquinha, falou o caminho todo disso, mesclando com outras histórias de um certo bocó (conto infantil do Veríssimo). Deu a maior dó quando rodamos todos os pavilhões atrás dele e não encontramos, perguntamos para quem estava nos inúmeros estandes da Globo, perguntamos nos estandes de “informação”, perguntamos para os responsáveis pelo pavilhão e encontramos dados desencontrados, tanto na internet quanto no material impresso. Ninguém sabia dizer onde estaria o Ziraldo. E já fomos preparando a Dé para a possibilidade de não encontrarmos ele. Ela ficou super triste...eu tentei animar ela, dizendo que mandaria um email para ele contando a história e que ele encontraria com ela pessoalmente. Claro que ela sabia que era faz-de-conta.

A família reclamou disso, obviamente, da sinalização (falta de) do estacionamento, e malharam bastante a produção, relembrando que a Bienal anterior teria sido melhor organizada. Eu não consigo afirmar isso com toda certeza, porque afinal, foi a primeira vez que fui com uma lista de livros e voltei com alguns títulos que eu realmente queria. Vinícius me criticou, dizendo que o barato da Bienal era chegar sem propósito e comprar o que me interessasse na hora. Eu discordo, porque nos anos anteriores eu quase sempre me arrependia das compras.

Com a minha prévia pesquisa pude escolher só os livros que realmente estavam mais baratos, que para minha surpresa foram poucos. Voltei com 5 livros: Vida Antes da Vida, A Genealogia da Moral & Além do Bem e do Mal (grandes aquisições já que foram R$ 3,00 cada!!!), Amor Líquido e Existo, Logo Penso. Nat comprou 2: Banquete com os Deuses e Memórias Póstumas de Brás Cuba (já que o nosso exemplar anterior tinha um pedaço faltando).

Povo dormindo na volta da Bienal XD

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bienal 2009

Seguindo minha anotação mental transcrita na postagem da última Bienal (2007), fiz uma lista de livros e suas editoras: 1984 (Ed. Nacional), Quem sou eu? E, se sou, quantos sou? (Ed. Ediouro), Existo logo penso (Ed. Objetiva), Modernidade Líquida & Amor Líquido (Ed. Jorge Zahar), A Cura de Schopenhauer & Mentiras no Divã (Ed. Ediouro).

Assim, espero que seja mais proveitosa a passagem por lá. A Lívia falou também de um esquema novo que seria a troca de livros em sebos lá dentro. Você leva um livro seu em boas condições e troca por outro. Eu procurei essa informação na Internet para confirmar, mas não achei nada. De qualquer jeito, levarei alguns livros de auto-ajuda, que com o tempo aprendi serem péssimas aquisições rs
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Bom, agora vou lá porque ainda tenho que estudar pra minha prova de domingo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Zibia Gasparetto e Amora

Foi preciso só alguns livros para eu perceber que não gostava da Zibia Gasparetto. Apesar de achar interessante a ideia de divulgar os valores do espiritismo, os seus romances são repetitivos e entediantes. Eu acharia muito melhor pegar os conceitos e realmente transformar em algo literário, mais poético e sem ladainhas.

Hoje eu procuro outros autores, geralmente estrangeiros que vão direto ao assunto, e quando não, brasileiros mesmo, só que voltados mais para a divulgação de pesquisas desenvolvidas por grupos de estudo. Eu já mencionei aqui o Brian Weiss e tem um outro livro aqui em casa, “A passagem” do norte-americano Ricky Medeiros, e que me adicionou muito ao dar um enfoque diferente na forma como explora a história.

O próximo livro que quero comprar sobre o assunto é o da Sarah Hinze – “A Vida Antes da Vida” baseado em pesquisas. Quem sabe eu encontro na Bienal?
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É com muito prazer que anuncio ser agora madrinha da Amora! Abrace você também esta ideia!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

“Se queres a paz, prepare-se para a guerra”

Eu já ouvi o Ivan (professor de hapkidô) proclamar esta frase inúmeras vezes, ele insiste nisso, só que acredito termos visões diferentes. A princípio a ouvi com relutância, já que sou contra qualquer guerra; hoje penso diferente. Não que eu tenha passado a apoiar a guerra, isso nunca, mas acredito na guerra com as armas que eu escolher, assim como Gandhi, acredito numa luta pacífica, sem violência, tendo como arma a palavra escrita. Convencer pela razão pode não ser tão eficiente quanto uma arma, mas quando se conquista alguém pela palavra, se ganha um aliado, um amigo. Explorar a razão é melhor do que explorar o medo. Muitos provavelmente não concordam, mas isso dependerá do objetivo de cada um, o meu é ajudar a encontrar a verdade que existe em cada um de nós.

A inspiração para essa discussão veio do filme que acabei de ver, “V de Vingança”, este que superou minhas expectativas, principalmente pela sua mensagem. São tantas lições que uma análise minuciosa daria um ótimo trabalho acadêmico. Gostei do lirismo, do discurso, das provas, do final otimista apesar de utópico. Só não gostei dos “meios que justificam os fins”, defendido pelo V. No entanto, eu fico pensando como a humanidade precisa de atos extremos para perceber o que está na sua frente, certas pessoas não são tocadas por palavras, só mudam quando algo drástico acontece. Assim como ocorreu na transformação da Evey, ela precisou sofrer para ver a verdade, como eles colocam.

O que atrapalha a minha vontade de mudar o mundo é essa sensação de que não importa o que eu faça, nada irá mudar, porque por mais que se diga qual é o caminho, as pessoas têm que acreditar para seguir, acreditar que ao fazer o melhor para o outro, se está fazendo o melhor para si mesmo. E a crença está abalada, foi esquecida no meio de tantas sensações, objetos, papéis e máscaras. E por mais que se faça uma ação com um propósito específico, dificilmente você conseguirá atingir a todos, então o trabalho é feito em passo de formiga, mudando as pessoas aos poucos, elucidando para que elas mesmas pensem por si só. Podemos somente torcer para que escolham o melhor caminho, que será aquele que nos aproximará mais da verdade, a nós todos como um só. Eu adoro viajar assim, porque cada texto que produzo é realmente uma viagem, uma expedição por dentro de mim.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Casa da Ciência - Teorema (1968)

Impressionante como um filme sem contextualização perde toda a sua força. Ao final da sessão eu não sabia o que fazer com aquele grito que ainda ecoava, proferido por um burguês pelado no meio do deserto. Coisa de maluco. Mais uma vez fomos informados da estética peculiar do diretor, e como Pasolini era detestado pela Igreja, só por isso eu já sabia que vinha algo estranho.

A palestrante da vez foi a Tatiana Roque do Instituto de Matemática da UFRJ, e confesso que antes dela começar a sua fala, eu estava um pouco descrente que alguém da área de exatas pudesse analisar algo tão humano. E eu não poderia estar mais enganada, fiquei boquiaberta quando ela mostrou-se conhecedora de diversas áreas acadêmicas *. Eu gosto quando minhas expectativas são superadas!

A palestra foi intitulada: “Teorema x Problema: Uma Questão Fundamental”, em que ela se propôs a discutir o título do filme, mas não sem antes nos deixar a par das questões pretendidas pelo diretor. No filme, um visitante, que não sabemos de onde vem, destrói o equilíbrio de uma família burguesa, um visitante que se apresenta cheio de amor e generosidade e que não se enquadra em nenhum tipo de relação que conhecemos.

A discussão que o filme evoca, diz respeito à nova realidade do mundo, em que os operários começavam a virar pequeno burguês, um mundo em que a luta de classes começava a fica confusa, um mundo em que novas perguntas deveriam ser formuladas, os papéis não mais faziam sentido. Quando o visitante deixa a casa, cada personagem se vê em busca do elemento perdido, reagindo de diversas formas, cada uma mais estranha que a outra.

Quanto ao nome “Teorema”, a Tatiana explicou que de acordo com a concepção de problema de Deleuze, o filme deveria se chamar “Problema”, porque o teorema define propriedades eternas para um dado problema, algo inabalável e que funcionará sempre. Neste sentido, o filme não é amarrado, e o grito no final representaria um vazio, uma falta de sentimento, mas que deixa em suspensão e em aberto os problemas e soluções.

Deleuze encara o problema como aprendizado eterno, que insiste, transcende a solução, de diferente natureza e que não desaparece independentemente da solução que encontramos. Não há conhecimento sem problema.

Um senhor cismou de comparar o Pasolini com o Hitchcock, e tentou diminuí-lo argumentando que ele não conseguiu fazer um cinema bem sucedido, que não sabia dirigir atores, que não conseguiu nada com o filme. E lá foi a Tatiana com a maior paciência do mundo, em defesa do Pasolini, explicar que ele tinha uma proposta diferente de um Hitchcock, e que ele não tinha intenção nenhuma de fazer algo igual. É difícil lidar com gente assim de antolhos.

* Ela é também doutora em Filosofia.
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Próxima sessão do cineclube da Casa da Ciência: 03 de OUTUBRO com o filme CIDADE DAS SOMBRAS (1998) do ALEX PROYAS e o palestrante FERNANDO VIDAL.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Coisas de Débora

Débora chegou na cozinha na hora do café e viu um tanto de queijo e peito de peru. “Posso comer?” e minha mãe respondeu, “é da Diana”. Ela, então, esperou minha mãe sair e no minuto que ela fechou a porta, veio tirar satisfações da Diana, “Porque tudo isso é seu???”, ao que a Diana replicou: “sua mãe que me deu”. “Você vai comer tudo isso? Não é muito?”, e cochichou, “me dá só um pouquinho”. A Débora não sabia que era tudo pra lasanha do fim de semana rs

domingo, 6 de setembro de 2009

O menino do lado

Tem um menino que senta do meu lado no cursinho e que adora julgar tudo, eu já percebi isso, tem sempre um comentário, e eu fico ali só ouvindo. Sexta-feira ele perguntou o que eu estava lendo e respondi serem contos fantásticos. Dali ele disse que gostava de curtas, o que eu concordei, e começou a dizer (quase que num tom de revolta) que detestava comédias românticas. O argumento era que a história era sempre a mesma e começou a falar das contradições da mulher, que ao mesmo tempo que quer ser independente, quer que o homem abra a porta. Se o professor não tivesse voltado do recesso, eu teria descascado em cima do garoto.

O que uma coisa tem a ver com a outra? Assim parece que o homem toma certas atitudes porque a mulher é frágil e precisa de proteção, quando nós queremos é uma demonstração de respeito, pequenas ações que mostrem como somos importantes para ele, atenção e cuidado, e que nada tem a ver com independência. Talvez ele tenha se expressado mal e quisesse falar de outra coisa.

Esse discurso dele bem parece de quem acabou de levar um fora ou brigou com a namorada rs

E ainda classificou como um bom filme “Oldboy”, e lá fui eu assistir. Achei muito doentio pro meu gosto, do tipo “eu preferia não ter visto” o.O

sábado, 5 de setembro de 2009

Memórias em gavetas

Você já parou para pensar como é surpreendente a nossa capacidade de reter sensações e memórias? O cérebro é imbatível e sabemos pouquíssimo sobre o nosso real potencial.

Fiquei assustada essa semana, quando comecei a ler o conto “As formigas” da Lygia Fagundes Telles e lá pela décima linha, eu senti que já tinha lido aquilo. Alguma palavra ou conjunto de coisas me fez buscar em sei lá qual recanto do meu cérebro e me senti revisitando aquele texto. Lá pro meio do conto eu já tinha certeza, e até já sabia o que aconteceria a seguir.

Fiquei surpresa porque um conto diante da quantidade imensa de textos que li, só nesses 4 anos de faculdade, ficou ali guardado, pronto para ser acessado. E com certeza faz mais de 10 anos que li esse texto, eu devia estar na sétima ou oitava série, quantas águas já não rolaram e fica tudo guardado aqui. Sinistro.
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Fui promovida, essa semana no hapkidô, à Jóia Rara, depois de mascote e chaverinho, acho que tô melhorando rs

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um simples toque

Por Clarissa

dos dedos que tinham que se separar
não mais queriam soltar
não era nossa vontade
por acaso nos esbarramos
nos tocamos
dedos entrelaçados
confusos e inocentes
aflorou a vontade
essa que nasceu do simples toque
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3 de setembro de 2009

Eu não gostei desse poema, entretanto achei curioso que ele pode ser lido da forma que você quiser, eu até mudei as frases de ordem e no final ele sempre dizia a mesma coisa. Engraçado também que eu quis usar adjetivos e não consegui, eles me pareceram enrolação. Estou descobrindo o meu estilo, simples e direto, sem ornamentação. Eternizei aqui uma sensação que passou por mim, me enganou e ainda riu da minha cara.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Yentl

Assim estaria no Talmude, registro das discussões rabínicas pertinentes à lei, ética e história do judaísmo.

Quem é o sábio? Aquele que aprende com os outros.

Quem é rico? Aquele com coração inteiro e que se conforma com o que tem.

Quem é forte? Aquele que controla as suas emoções.

Não se fala mais da Barbra, ela ficou meio esquecida assim como acontece com quem não está na mídia, no entanto quando eu me lembro dela é sempre com o maior respeito, ela tem uma voz espetacular. Parece que esse ano ainda ela vai lançar um cd novo – LOVE IS THE ANSWER.
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Próxima sessão do cineclube da Casa da Ciência: 05 de SETEMBRO com o filme TEOREMA (1968) do PASOLINI e a palestrante TATIANA ROQUE. (este sábado!!!)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Produção Cultural em discussão

Essa semana o Globo deu espaço para duas reportagens sobre o curso; na Megazine a gerente de negócios da Fagga Eventos, Tatiana Zaccaro, respondeu algumas perguntas sobre a profissão. Divertido foi ler a reação do pessoal no nosso email, todos pertinentes, uns criticaram a faixa de salário – realidade para poucos; outros sobre o comentário quanto ao Zuenir, que o radialista não sabia quem era. É claro que somos exigidos a ter um conhecimento vasto sobre cultura geral, mas isso não é bem uma exigência para o radialista substituto e sim de quem organiza, mas enfim, deixemos isso pra lá.

Além dessa reportagem, saiu outra no Globo Online, sobre o problema do pessoal que por descuido da coordenação não foi inscrito no ENADE e por isso, não pode receber o diploma. Jojo e Tadeu dão os exemplos deles de questões que realmente aborrecem, já estou até antevendo que terei também problema com o ENADE, já que eu não fui convocada na última lista.

Espero que com essa exposição, realmente o graduado de produção cultural entre nos editais de concurso público de vez, esse mato alto que precisa ser desbravado, capitaneado por nosso bravo Tadeu.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um passeio pela intimidação

Aqueles que não se intimidam diante de mim são realmente meus amigos. Intimidam-se aqueles que tremem por dentro, temem o desconhecido e estão desprovidos de fé. Aquele que desconhece a si mesmo curva-se ao que se conhece, por isso conhecimento é poder. Os intimidados são fracos e tombam, pois não têm a força suficiente para ultrapassar as barreiras. É preciso persistência para seguir em frente e desmistificar o receio. A intimidação é imanente, chega pela presença, pelos outros, pelas histórias e por sua posição frente ao mundo. Se você trata todos de forma igual e com respeito (não existem pessoas melhores que você) o medo evapora. Só resta o amor pelo próximo, puro, e sem amarras. Você gosta do outro porque ele é bom pra você e você para ele.

E por mais que eu pense sobre o assunto, eu não consigo entender porque eu intimido as pessoas. Isso me alimenta e continuo buscando formas mais carinhosas de agir, pelo menos na teoria, porque na prática é difícil sinceramente.