sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Você já leu a Constituição hoje?

Posso dizer com absoluta certeza que ninguém vai responder “sim” para essa pergunta rsrsrs A não ser que você seja advogado...ou juiz...ou promotor....tá, deixa eu reformular: eu sei que ninguém que lê o blog vai ter lido a Constituição hoje rs

Hoje no cursinho tivemos aula de Direito Administrativo, que delicia, heim, logo cedo. E vimos antes o artigo 37 da Constituição, na verdade vimos partes dela, as mais relevantes pro concurso.

A Constituição é um documento enfadonho, mas bem importante. Eu acho que todos que fizessem faculdade deveriam ter como disciplina obrigatória, porque afinal de contas, conhecimento é poder, poder de argumentação, de defesa de seus direitos e consciência de seus deveres, eu sei que saí mais confiante da sala de aula, sabendo mais sobre as regras da União. Não acho que seria válido ser obrigatório para o ensino médio, porque não somos maduros nesse período, mas até que algumas coisas poderiam ser pinceladas.

Meu pai disse que antigamente tinha uma matéria obrigatória que era a “EPB” – Estudo dos Problemas Brasileiros, ela era ministrada por militares, mas a ideia não deixa de ser interessante.

Eu vivia me questionando quanto a validade da estabilidade do servidor público, porque dentro de uma empresa, você é mais produtivo com medo de ser mandado embora, e eu achava que isso matava a produtividade. No entanto, hoje o professor abriu meus olhos quanto isso. Se você parar para pensar, sem a estabilidade garantida, os servidores seriam muito mais suscetíveis ainda à corrupção.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Produtividade e o novo período

Constantemente um sentimento me acomete. Depois de ficar algumas semanas no ócio, vou acumulando aquela energia e boa vontade de fazer qualquer coisa produtiva e útil com o meu tempo, olha ele aí de novo, o tempo. Eu achei que essas férias eu poderia ler mais, estudar mais, sair mais, escrever mais. Eu só posso riscar da minha lista o “escrever mais”, porque escrevi o máximo que pude; tudo bem que a qualidade poderia ser melhor, mas outros fatores comprometeram a inspiração...eu deveria ter pego algum livro de poesia na biblioteca...(anotação mental para o próximo ano).

No entanto andei um pouco com a minha monografia, estruturei alguns capítulos, mas ainda tenho muito trabalho pela frente. Pelo menos acho que consegui começar bem pra quem estava de férias. Tirei um peso das minhas costas, eu decidi não puxar a matéria de monografia ainda esse semestre, vou escrever sem pressão e pegarei ela no próximo, mas isso ainda é segredo...nem quero ver a reação da minha mãe quando eu disser isso, no mínimo será catastrófica.

Dei uma olhada nas matérias de Mídia para pegar como optativa e eletiva e fiquei bem satisfeita com as opções, fiz uma lista de 13 disciplinas, sendo 5 BEM interessantes: Intelectuais e Meios de Comunicação, Comunicação Interpessoal, Teoria do Contemporâneo, Práticas Sociais da Leitura e Linguagens Não-Verbais.

E mais uma vez descrevi ao invés de brincar com as palavras. Droga.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Em busca de estímulo

Minhas últimas postagens foram deveras descritivas e eu não gosto do rumo que o blog tem tomado, estou cansada de escrever sobre mim, porque passei a falar sobre particularidades da minha vida e não exatamente das minhas opiniões. Pensei em tentar fazer um exercício para escrever, e fiz o seguinte: escrevi palavras que têm me assombrado e pensei em fazer algo criativo...

"O tempo era outro, dentro daquele quarto, no final do corredor. Ao passar pelo portal, adentramos num espaço sem pressa, não havia horário certo ou prazos, levei alguns minutos para me acostumar. Observei com ternura os dois juntos, se conhecendo, preenchendo aquele tempo, só para eles sentirem o seus corpos pesarem um no outro, sentir a respiração e o laço sendo formado. A sensação do mundo frenético que eu tinha deixado para trás fez falta, parecia que eu estava sem chão, porque somente observávamos, eu não poderia saber como ela se sentia ao segurar seu mais precioso tesouro. Feliz por ela eu estava, e muito! Mas eu não conseguia evitar entranhar aquela lentidão, aquela desaceleração do mundo. Eu havia esquecido essa forma de lidar com o tempo. Coisas do mundo contemporâneo."

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Até que foi legal...

No início da semana passada, começou o planejamento da viagem de Petrópolis. Como eu escrevi no ano passado, convenci meus pais que seria melhor eu ficar com a Dolly em casa, pra evitar que o frio fizesse mal à ela, por causa dos apitos. Com o problema controlado: com a remoção do tártaro, o remédio pra pressão e pro coração, ela estaria apta a passar a noite lá sem passar mal. Mesmo nessas condições, eu pensava comigo mesma se não seria melhor deixar Petrópolis passar e ficar no Rio pro carnaval.

Fiquei bem apreensiva, não sabia como iria abordar o assunto, porque eu teria que ter bons argumentos. Na verdade, o único motivo é que eu não aproveito o passeio...eu fico nervosa com o mato, a escada da casa, as crianças correndo e ela sem enxergar direito. Sem falar nas noites, o nosso quarto é mais aquecido que o resto da casa e ela fica solta para ficar onde quiser. É óbvio que ela quer ficar na minha cama, e eu tenho que tomar o maior cuidado na hora de me virar, tem também as saídas dela para ir fazer xixi, e ainda tenho que ouvir críticas dos desalmados que querem trancar ela em algum lugar.

Eu não relaxo, mas eu acabei desistindo de fazer campanha contra para aproveitar o frescor da Serra, e fui sem levantar nenhuma discussão. A Dolly está naquela fase de dormir em qualquer lugar que pára, chega a ser meio engraçado: ela pede colo e um minuto depois já está dormindo pesado rs Disseram que ela ia acabar esquecendo como se andava, porque realmente ela ficou bastante tempo no colo...mas o meu ponto foi provado, quando ela foi na varanda correr atrás das meninas, não percebeu que tinha acabado o chão e caiu no meio das plantas! Ela simplesmente não viu, parecia piada, no único momento que eu tentei deixar ela um pouco livre, ela quase se joga do barranco! Eu gritei de onde estava e meu pai a tirou de lá, ela nem se abalou, foi tão rápido que ela nem percebeu o que aconteceu, felizmente ela não se machucou.

Jogamos jogos de tabuleiro, conversamos e aproveitamos o clima. Pegamos uma chuvarada na volta.
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Humor: sentindo falta do meu lado poético...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Desejo sem rosto

Eu relutei um pouco em escrever sobre isso, sobre esta calmaria que chega a me incomodar.

Eu adoro estar apaixonada (e quem não gosta?!), mas faz um tempo que eu não sinto intensamente qualquer coisa por algum cara. E eu fico sem saber como lidar; na verdade, eu fico entediada, porque não tenho alguém para adorar. Toda vez que eu desencano de alguém, vem aquele longo período em que eu não me deslumbro com ninguém, parece que eu preciso recarregar ou qualquer coisa do tipo. O desejo continua lá, só não tem objeto. Até eu conhecer alguém que desperte meu interesse.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Carnaval não é para todos

Eu fico deslumbrada com a alegria do carioca, como tudo vira festa; no entanto, eu não posso dizer que faço parte da bagunça do carnaval, nunca fiz. É uma característica da família, porque sempre viajamos pra longe, crescemos sem samba em casa, e confesso que às vezes me sinto menos carioca, fora do estereotipo.

Eu gostaria de ter base para criticar o Carnaval de hoje, como se tornou algo para turista ver, com preços exorbitantes, descaracterizado. Eu poderia reclamar dos resultados roubados, defender as marchinhas antigas e desprezar as novas; mas existe um empecilho: eu não conheço nada de Carnaval e , sinceramente, não faço questão. A história dele em si, me incomoda um pouco, era aquele dia que as pessoas faziam tudo exagerado, comiam de mais, faziam sexo adoidado, trocavam de papéis, tanto sociais quanto de gênero, como aprendi com o professor Maurício; funcionava com uma válvula de escape para o povo. Bom, a minha sublimação eu resolvo de outra forma e o carnaval não me anima nem um pouco.

E eu conheço tanto pessoas que fogem quanto pessoas que ADORAM Carnaval, como a galera da faculdade. Cada um tem seu gosto.

Se bem que, curiosamente, assistindo o filme “O Casamento de Rachel”, identifiquei a batida do Carnaval e me senti emocionada, de vê-lo na tela e de ouvir aquela batida inconfundível, e que é realmente contagiante!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ainda sobre a felicidade

Eta, assunto bom que dá muito pano pra manga! Deitada na cama, já desperta, eu começava a elaborar o que eu ia escrever pra compensar a falta de ontem, e tem que ser algum (texto) muito bom!

Compartilho agora com vocês um causo que aconteceu comigo há alguns anos atrás, e que tem tudo a ver com felicidade. Fomos, eu, Pat e Tati, no campus de história da UFRJ, lá no Centro da cidade, porque a Pat queria conhecer suas futuras salas de aula. Curiosamente, ela nem foi pra lá, ficou pela UERJ mesmo, na geografia.

O caso foi que ficamos surpresas como o local era depredado, éramos inocentes e não conhecíamos a realidade da faculdade pública: banheiros fedorentos e desabando, salas de aula que mais pareciam salas de tortura, com goteiras, carteiras quebradas, um breu de arrepiar. Encontramos por lá um aluno de filosofia que dizia trabalhar para pagar suas “xérox”, já que seus pais não apoiavam sua escolha, e ele nos surpreendeu perguntando se éramos felizes – provavelmente sentiu-se impelido por alguma questão que tinha discutido em sala, e resolveu nos questionar, fazer pensar.

E eu fiquei mais surpresa ainda quando as duas responderam negativamente e eu positivamente. E aqui eu me vejo agarrando com unhas e dentes uma filosofia de vida diferente da modernidade. Enquanto uns estão insatisfeitos (mesmo sem grandes motivos) com sua realidade e esperam por algo melhor, eu sou grata pelo o que tenho, encontro a felicidade em lugares pequenos e por isso, me considero feliz.

Muita gente acha que a felicidade se encontra quando se tem dinheiro, um carro e uma garota/garoto, mas eu tenho consciência que não é verdade, por isso nem me iludo pensando que esse é o caminho, até porque, felicidade não é uma commodity que se compra e coloca na prateleira. E não se é feliz o tempo todo.

Eu acho que o caminho é tentar descobrir a sua razão de ser, tendo o bem sempre em mente. Mesmo com problemas, quando se é produtivo, fazendo o que se gosta, resta só relaxar por um tempo, mas nunca achar que está tudo ótimo, estagnação também não é saudável. São tantos conhecimentos esperando para serem engolidos e degustados, tantas pessoas diferentes e maravilhosas para se conhecer e trocar experiências, culturas para conhecer!

E eu espero nunca perder essa minha capacidade de me deslumbrar com o mundo, esse é o segredo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O que é felicidade?

Hoje estou cansada e morrendo de calor, não sei se conseguirei pensar e discorrer sobre nenhum assunto sério. Também não estou muito a fim de escrever sobre bobagens.

Por isso somente transcreverei o primeiro tópico do livro “Tudo que Sei Aprendi com a Tv” e que vocês não agüentam mais ouvir falar, tenho certeza, já o mencionei algumas vezes e estou à algumas páginas de terminá-lo de vez. Deixei o capítulo sobre a série “Sex and the City” por último, porque nada nela me agradava. Logo no início, assisti de curiosidade, mas a futilidade impediu que eu voltasse para ver qualquer episódio, e mais uma vez, fiquei surpresa com o tanto de filosofia que se pode espremer dali.

Prazeres pequenos e vulgares

“(...)O que poderia ser a felicidade numa época como a nossa? Se você é o que é independentemente de qualquer outra coisa, e a auto-satisfação é o que você valoriza e objetiva antes de qualquer coisa, o que poderia ser a felicidade? O tipo de felicidade que brota do fato de ter algo tão importante na sua vida que sem ela você não seria a mesma pessoa? A modernidade não tem espaço para esse tipo de felicidade. O mundo moderno é um mundo desencantado, onde a possibilidade de algo ter essa importância não existe mais. O tipo de felicidade que emana quando se faz a coisa certa, mesmo que o mundo desabe? Isso não existe. O tipo de felicidade que emana quando se luta, podendo até morrer, por algo cujo valor nos transcende? Para a modernidade, o valor é relativo e subjetivo. O valor depende de nossas escolhas, e não o contrário. Então o que pode ser a felicidade? A responda, como disse Aléxis de Tocqueville quase duzentos anos atrás, é esta: prazeres pequenos e vulgares. Da mesma forma, Nietzsche falou dos “últimos homens”, os derradeiros produtos da modernidade, como aspirantes a nada além do “conforto mesquinho”.
E você sabe do que eles estão falando. Se não tivermos cuidado, nossa vida acaba se constituindo de passatempos – coisas que usamos para passar o tempo enquanto no dedicamos ao negócio muito mais importante de não fazer absolutamente nada que valha a pena. Ficamos sentados assistindo ‘Big Brother’ ou ‘American Idol’ ou (...) saímos com colegas e ficamos de saco cheio. Esses passatempos podem ser tudo o que nos resta depois que a modernidade tirou de nós tudo o que poderia dar algum significado às nossas vidas. A conseqüência de um mundo desencantado é uma vida desencantada – uma vida de prazeres pequenos e vulgares. E o que são esses prazeres? São sentimentos – o que faz de algo um prazer é o modo como é sentido e experienciado. E com isso chegamos à receita da modernidade para uma vida de satisfação. A felicidade é o sinal de que sua vida é cheia de satisfação, e a felicidade consiste em se sentir de uma certa maneira.
Existe uma excelente investigação filosófica desse conceito moderno de satisfação. Chama-se ‘Sex and the City’." E é mais ou menos nesse tom que ele segue.
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Hoje tive uma surpresa, a Bel me ligou lááá de Portugal =D

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sobre Juno

Às vezes eu encrenco com algumas coisas populares...dou uma de querer ser diferente, de ir contra a maré, e foi assim com Juno. No ano passado, quando só se falava nesse filme, eu dei as costas, não queria ser mais uma a idolatrar o filme. Eu achei que seria mais um filme sobre adolescência, superficial, com frases de efeito que fazem as cabeças das pessoas, personagens clichês e uma realidade distorcida.

Qual não foi minha surpresa, quando eu me vi gostando do filme, onde não encontrei nada do que esperava. Eu lembro que minha mãe criticou na época, ela viu e não gostou do final, disse que fazia parecer algo fácil, que o filme ignorou questões pertinentes à situação, quando acontece na vida real. Com isso em mente, eu na verdade continuei gostando do filme, porque vejo mais pontos positivos do que negativos, como este apontado pela minha mãe.

Bom, o filme é bem suave, nos envolve, e como é cativante o personagem interpretado inteligentemente pela Ellen Page. Sua atuação é um dos trunfos do longa, assim como o roteiro, mesmo que ele seja perigoso, justamente por transformar algo sério em entretenimento, distorcendo e iludindo. No entanto, a grande mensagem que me agrada, é inspirar as pessoas a optarem por dar o seu bebê ao invés de abortá-lo.

Uma última coisa que me encantou no filme foram alguns enquadramentos de cena, graças ao diretor e as atuações, especialmente quando a Juno vê a Vanessa no shopping, pelo vidro e logo em seguida, quando a Vanessa sente o bebê chutar. Outras cenas são mérito da escritora: como a conversa da Juno fora da clínica de aborto e o sermão da madrasta da Juno no ultra-som.
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João Pedro nasceu! Ontem! \o/ ÊÊÊ!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Love sucks, ou melhor, Lack of interest sucks

Senti um ímpeto para escrever sobre meu sonho, não para descrevê-lo, eu não saberia, porque na verdade só ficou aquela sensação boa de tranqüilidade e felicidade. Só é triste quando você percebe que foi tudo um sonho...e já está muito tarde para continuar na cama.

E eu já posso imaginar as críticas, que eu deveria seguir esse sonho, tentar torná-lo real, mas na verdade esse sonho especificamente, é do tipo que não depende só de você.
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Últimas notícias do João Pedro! A bolsa da Pat já rompeu e ela já está no hospital! Eba! =D

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Atualização compacta

Escrevendo do pc da Nat porque o meu ainda está sem o pacote Office...Bom...tenho algumas boas notícias...eu não estou pulando de felicidade, mas até que as coisas se resolveram...

Depois de minha última postagem, meu pc morreu de vez, não ligava, depois parece que queimou a placa de vídeo, a onboard funcionava hora sim, hora não. E depois de inúmeros testes, chegamos à conclusão que só podia ser a placa mãe. Fui no Edifício Central hoje de manhã e resolvi o problema.

Quanto a Dolly, esses últimos dias foram bem tensos, tendo que esperar dois dias para a fazer o ultra-som. Felizmente (!!!), nada do que o veterinário esperava se confirmou, estava tudo normal, o seu útero estava levemente aumentado de um lado, mas nada significativo, e sem liquido. Ufa!! Mas a veterinária que fez o exame disse que ela tiraria o útero para evitar futuros problemas...e o que me deixa nervosa, é não ter resolvido a questão em definitivo. O exame de sangue dela também estava bom, os leucócitos estavam baixos e outros números indicavam só uma inflamação, o veterinário dela recomendou que ela terminasse de tomar o antibiótico e voltasse para um exame de sangue. E agora só nos resta observar se a secreção vai parar.

Fora isso, que já é muito, fiquei chateada porque eu tinha determinado um prazo pra ler e resumir uns textos e por causa dessa falta de computador, estou um pouco atrasada...

Ah! E o João Pedro está para nascer, desde o dia 10! Ontem falei com a Pat e estão todos na expectativa! Eu sugeri que ela fizesse uns agachamentos para ver se ele saia logo rsrs

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Cansada demais para escrever...

Logo de manhã, fiquei estressada com a Dolly...e lá vamos pro veterinário torcendo para que não seja nada, porque o meu coração não agüenta esses sustos que ela me dá! (A consulta está marcada para amanhã...)

Passei a manhã resumindo um texto pra mono, almocei quase nada, peguei meus óculos novos, fui fazer minha inscrição do BACEN na Cinelândia, voltei, resumi mais do meu texto e gastei o resto das minhas energias no hapkidô. Já cheguei na aula com fome, então imagina o meu drama: fazer aula pensando em comida!

E agora o computador se recusou a ligar. Pelamordedeus! Apitava, piscava e nada de carregar o monitor. O Viniçus ainda disse que podia ser a placa de vídeo. E realmente ele não tem se comportado direito...Desliguei, mexi nos fios e tentei de novo. Nada.

Eu só pensava nos inúmeros links de internet que estão no meu “favoritos” e que eu precisarei para a minha monografia. Tentei uma última vez, e como diria o Cebolinha, “sempre funciona na última vez que você tenta” (hilária aquela história!).

Entrei no “modo de segurança”, desliguei e liguei de novo. Ufa! Funcionou! Mas até quando??? Foi muita coisa pra um dia só!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Atritos: Once More with Feelings

Eu deveria estar resumindo um texto agora, em plenas férias....mas estou aqui para terminar de descarregar um “presente” que acabei de ganhar, sem mesmo pedir. Talvez tenha sido culpa do meu orgulho, provavelmente foi. Eu praticamente pedi. Porque eu poderia ter engolido mais um sapo do meu pai, e ter fingido que nada aconteceu...no entanto, não consegui deixar assim barato...devo estar de TPM...

O caso foi que a Dolly dorme na área de serviço, trancada, e já que meu pai acorda cedo, ele dá o remédio pra ela e a libera de lá. Só eventualmente que outra pessoa faz isso. Pois bem, quando voltamos de SP, talvez até um pouco antes, não lembro exatamente, ele veio me consultar sobre ela passar a dormir no meu quarto, porque ela acordava muito cedo (como ele) e ficava aos berros lá trancada. Eu sugeri que ele liberasse ela cedo mesmo, mas que abrisse a porta do meu quarto para que ela não ficasse a arranhando, me obrigando a levantar cedo só porque ele liberou ela cedo; e ele passou a fazer isso, ma-ra-vi-lha!

Só que hoje ele esqueceu, e eu fui tirar satisfações dele. Cheguei tranqüila, só curiosa quanto ao motivo e ele disse ter esquecido. Não lembro agora porque “cargas d’água” ele deu a entender que abrir a porta do quarto foi algo que ele sempre fez e que tinha sido uma iniciativa dele fazer assim. E foi nessa hora que meu orgulho não conseguiu ficar quieto. Eu perguntei se ele estava de brincadeira, e a discussão terminou com ele dizendo que, a partir de agora, eu teria que acordar cedo para liberar a Dolly.

E é nessas horas (cada vez mais constantes) que eu quero ganhar o meu dinheiro para me livrar dessa babaquice, dessa dependência econômica, desse poder sobre mim, do engolir sapos, das lógicas idiotas, dos comentários entediantes e repetitivos, da gritaria!

Enquanto a raiva habita meu ser, eu só penso em nunca mais lhe dirigir a palavra, coisa de criança, mas ele já se isola naturalmente, eu não preciso me dar ao trabalho, porque também não vai servir de nada. Ele realmente não tem jeito!

Engraçado que eu sempre escrevi sobre esses episódios furiosos, só que agora quem quiser pode ler sobre a realidade que eu tenho que enfrentar todo santo dia. Pessoa difícil é foda! Mas eu sempre acabo querendo ser maior que a situação, seja essa a solução ou não.
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Lendo agora, até parece uma besteira, uma discussão que não se compara às outras realidades difíceis de vida, de falta de casa, comida, violência...felizmente, minhas provas e testes são mais psicológicos do que físicos, e me parece que reclamo de barriga cheia. Bom, melhor essa raiva fora do que dentro de mim.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Yesterday Once More

Esse é o nome de uma música do “The Carpenters”, conseguimos identificá-la de um brinquedo que a Nat ganhou de Natal de uma das amigas dela. A florzinha rebola ao som dessa música, uma graça! Só que a versão que ela toca não tem nada a ver com a versão insossa do “The Carpenters”. Estou procurando saber de quem é.

É dessas músicas que te transportam pra uma outra realidade, e eu fico feliz quando ouço.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A realidade que machuca

A idade intensifica os defeitos da pessoa; e isso significa que quem tem paciência, deve tentar potencializá-la para lidar com aqueles que já eram difíceis de lidar.

O meu pai nunca foi uma pessoa sociável, sempre teve dificuldade de entender que cada um tem o seu tempo e sempre foi grosso com as pessoas, assim até parece a discrição do House, e não poderia ser diferente que é difícil aturá-lo.

Engraçado que podemos analisar a sua vida como um gráfico que sobe e desce, com seus altos e baixos. Quando novo, ele era um amor, como testemunha minha mãe. Quando criança, nós sofremos um pouco nas mãos dele, porque ele nunca tinha paciência para nos ajudar com o dever e eu constantemente terminava chorando. Um pouco depois da Débora nascer, parece que deu uma suavizada de novo, e eu lembro surpresa do dia que o computador dele fritou por falta de comunicação nossa, e ele não teve um ataque histérico, como esperaríamos que ele tivesse. E agora, parece que vem descendo uma estrada do estresse.

É muito difícil de admitir que ele é o foco do estresse da casa, minha mãe tem sua cota, mas ele tem conseguido transformar qualquer conversa em gritaria. Ele não consegue conversar sem se irritar e acaba nos irritando também.

No fim de semana passado, ele teve um ataque porque mudamos a receita do nosso lanche – waffle – e a massa acabou tendo uma consistência diferente, dificultando o seu espalhamento na chapa. Ele começou a gritar que ninguém tinha avisado a ele, que aquilo era uma porcaria. Eu tentei me manter calma, não era culpa de ninguém, não sabíamos que a consistência ficaria diferente. E ele simplesmente surtou! Disse que não ia fazer nada. Eu assumi e fiz o melhor que pude; realmente a massa não rendeu muito, mas no final tudo deu certo. Bom, em termos, porque ele deu aquele chilique sei lá o por quê. Uma coisa pequena e idiota, que ele transformou num fim do mundo.

E hoje, a tadinha da Débora, que foi a vítima do seu ataque. Ela se comportava super bem, até que derrubou seu copo, quando foi me passar o refrigerante. Espirrou na cadeira nova que tinha sido impermeabiliza, e que acabamos descobrindo não ser eficiente. Ele fazia o churrasco e quando viu que limpávamos a sujeira, ele surtou de novo. Só que foi uma reação totalmente desproporcional! Ele gritava com a Débora perguntando porque ela tinha feito aquilo, quando sabíamos todos que tinha sido um acidente, e é claro que ela não fez de propósito. Aterrorizou a criança de uma forma que eu fiquei com muita dó dela. E enquanto terminávamos de secar a sujeira, ele nos mandava parar, sentar e continuar a comer. O coerente a se fazer nessa situação é limpar para depois voltarmos aos nossos lugares, mas ele mandava aos berros. Minha mãe não engoliu e disse que ele não podia dar ordens a ela e eu concordei. Ele largou as coisas, furioso, disse que a carne ia queimar e desceu. Gente, vê se pode um adulto com a formação e educação como a dele dar um showzinho infantil desses?! Ele está pirando, só pode!

Eu e Nat fomos tentar salvar o resto da carne; ali a pouco ele voltou, e sentou para comer. Ainda gritando com a pobre criança, dizendo que era culpa dela, que ela tinha estragado a refeição e nosso momento. Eu não agüentei, eu já tinha dito que não era justo ele atacar ela assim porque ela não sabe se defender, se fosse com uma de nós duas, ele ia ouvir poucas e boas. E a discussão recomeçou, a Nat quis ignorar o comportamento dele, mas aquilo era inconcebível na minha cabeça!

Perguntei se ele percebia o exagero que era aquilo tudo, se ele entendia que aquela atitude estava descomedida. Ele se defendeu dizendo que estava estressado com a situação e eu falei para ele parar e respirar, assim que se faz para a raiva passar, mas é claro que ele se irritou mais ainda. Ele não entende que a melhor forma de encarar as coisas é relevar. Sim, foi uma pena ter molhado a cadeira, mas parecia que ele descontava outras frustrações obscuras para nós, na criança. Nat me convenceu a deixar ele esfriar a cabeça, que ninguém consegue pensar com raiva. Dali a pouco ele já tinha baixado o tom e estava falando sobre o que provavelmente disparou sua fúria, que foi descobrir que a chaminé da nova churrasqueira não tinha sido bem construída. E ele agia como se nada tivesse acontecido.

Ufa, foi uma tarde estressante realmente. Espero que ele se acalme.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vamos meditar? 2

Um tempo atrás eu escrevi sobre meditação, lá atrás em novembro, e venho novamente trazer essa prática para a minha vida e por que não, a sua.

Ontem eu estava assistindo a um programa especial da Oprah, só sobre espiritualidade, assunto que ela A-DO-RA, como ela mesmo frisou. E eu achei muito interessante como cresce este novo estilo de vida, mais positivista e voltado para o EU.

Ela estava divulgando o livro de uma moça, professora de espiritualidade, se não me engano, e ela – ao final do programa – falou da importância da meditação. No entanto, o que eu gostei, foi a estratégia que ela propôs. Não era nada inovador...mas eu acabei descobrindo um jeito que pra mim funcionou super bem.

Ela disse para meditarmos um minuto por dia, assim minimizamos a ansiedade de ficar quinze minutos sem pensar em nada, e ir aumentando um minuto por mês, assim, ao final do ano, se estaria meditando por 12 minutos. Como não podia deixar de ser, ela ainda falou de como devemos prestar atenção na nossa respiração.

Eu não conheço nada sobre o assunto, por isso eu posso estar falando algo óbvio...mas o que eu fiz de diferente, foi contar enquanto inspirava e expirada até 60, assim eu me concentro no número e na respiração e não penso em mais nada. Com o tempo você vai aumentando os números, e suspeito que mais pra frente não será nem necessário contar para entrar no estado meditativo.

Podem tentar, não custa nada.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Como criarei meus filhos

Eu definitivamente quero ter filhos, eu dizia que queria quatro...mas o bom senso me deu uma sacudida e eu percebi que com quatro tudo é mais difícil e caro, e ainda tem minhas ambições profissionais, que deveriam ser abandonadas, então hoje, fico feliz com dois.

Mas enquanto minha hora não chega, eu já vou arquivando estratégias e formas que acredito serem eficientes, disciplinadoras e carinhosas ao mesmo tempo, para lidar com crianças e futuramente, adolescentes. Na verdade, foi pensando nisso, que acabei tendo uma visão de algo que adoraria fazer profissionalmente e que tem tudo a ver com isso e comigo.

Eu tenho bem claro na minha cabeça ações e atitudes que eu vejo essenciais para criar uma criança e que eu senti falta enquanto crescia. Claro que na época eu não tinha consciência disso, só agora eu posso analisar o que faltou na minha educação, e principalmente quanto a aspirações de vida. Talvez isso seja uma noção moderna, enquanto meus pais foram educados com noções consideradas hoje como antiquadas. Eu não estou dizendo que não fizeram um bom trabalho, porque afinal sou assim com minhas qualidades e defeitos, fruto deste tratamento.

No entanto eu senti falta de um acompanhamento mais de perto, um relacionamento com menos julgamentos, ordens e críticas negativas, mais compreensão e orientação. Indicando caminhos para experiências que possibilitassem o meu autoconhecimento, conhecer meus gostos.

Pode até ser prepotência minha...mas eu acho que tenho melhor preparação para cuidar de alguém do que meus pais, eu simplesmente sinto um potencial enorme dentro de mim. E acredita que se eu dissesse isso pra minha mãe, eu tenho certeza que ela ia achar o contrário; porque ela sempre faz isso.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Essa Débora...

Mamãe: Débora, o que está acontecendo no quarto? Estamos ouvindo barulhos.

Débora: Nada de mais, não precisa se preocupar, só estou jogando coisas no chão que não quebram.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

UFF e comemoração

Amanhã é dia de UFF! Sim, em plenas férias. Vou resolver algumas pendências de notas faltando e repetidas, além de fazer uma pré-inscrição presencial, já que o Iduff vem apresentando problemas, e que problemas! A ideia era até inteligente, passar a fazer as inscrições online, mas não contavam com a ingenuidade dos programadores.

No primeiro dia, os servidores não agüentaram o grande número de acessos, como se eles não soubessem que isso poderia acontecer...Sem contar que com o problema dos servidores resolvido, os horários não estão todos lá, faltam obrigatórias, optativas, sendo que não nos informam os professores, que é de vital importância para a escolha das matérias.

Esse semestre será pesado: duas optativas, uma eletiva e a monografia, pra ver se assim me formo em julho como deve ser, meu último semestre. :’(
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Hoje temos que comemorar! Faz um ano que escrevi o meu post mais comentado, disparado com 65 comentários! O assunto é a aquela condição médica que acomete minha família, e aparentemente outras 65 pessoas!

Nesse um ano nenhuma cura surgiu, mas vários palpites foram dados. Os comentários foram escritos durante o ano todo, todos os meses de 2008, pelo menos uma pessoa se manifestou. Alguém até levantou a ideia de fazer um encontro com os acometidos! Aqui está o link para quem quiser voltar no tempo e ler ou reler a postagem.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Homer é 75% epicurista

Estou quase terminando o segundo livro que ganhei de Natal. Está certo que estou demorando mais do gostaria, mas filosofia não é legal apressar, tem o tempo para digerir o que foi lido e assim, já estou há um mês lendo “Tudo que sei aprendi com a TV”. Surpreendentemente o capítulo que mais gostei até agora foi o dedicado aos “Simpsons”.

Epicuro defendia o hedonismo, e para ele a única coisa que faz a vida valer a pena é o prazer e a ausência de dor. O segredo seria equilibrar os dois, porque não se consegue eliminar a dor e somente sentir prazer, só que ele tinha uma vida bem entediante na verdade, e o motivo estava no prazer em curto prazo se traduzir em desprazer a longo prazo. Por isso, precisamos ter cuidado com o que nos dá prazer.

A grande sacada de Epicuro tem a ver a ausência de ambições e satisfazer-se com pouco, com aquilo que você pode atingir facilmente e que não dependa do outro. Deve-se satisfazer o máximo de prazeres e ao mesmo tempo minimizar os desejos que continuam não satisfeitos. Outro prazer importante para a filosofia epicurista é a amizade, considerada uma necessidade básica e de fácil satisfação.

Homer se encaixa em boa parte das premissas de Epicuro, sem as ambições profissionais, ele torna-se livre, restringe seus desejos ao não agir de forma dispendiosa e tem a tevê como sua grande amiga. Homer só não se encaixa quanto ao aspecto de pensar sobre a vida. Para Epicuro era essencial analisar e entender a si mesmo para que a vida fosse melhor.

Filosofia não é demais?!! Eu adoro ler e identificar esses preceitos que eu uso o tempo todo na minha vida, mesmo sem ter estudado. Eu me vejo em todos os filósofos porque eu sou um recorte de tudo que eles falavam décadas/séculos atrás, e eu acho isso muito bonito ;) É como dar voz ao que eu sou pelos pensamentos de outra pessoa! Muito bom!